O avião foi derrubado em 2014 e deixou 298 mortos, incluindo crianças
Redação Publicado em 17/11/2022, às 15h07
Em 2014, o voo MH17 da companhia Malaysia Airlines foi derrubado por um míssil russo que foi lançado no leste da Ucrânia. A aeronave fazia o trajeto entre Amsterdã e Kuala Lumpur.
Nesta quinta-feira, 17, um tribunal holandês divulgou a conclusão de “culpa” e anunciou a condenação de 4 homens envolvidos no acidente, que resultou em 298 mortos.
De acordo com o juiz que preside o processo — que teve duração de dois anos e meio —, Hendrik Steenhuis, "um míssil BUK foi lançado de uma plantação perto de Pervomaïsk, matando 283 passageiros e os membros da tripulação”.
Também foi anunciada a condenação à prisão perpétua de 3 homens acusados pela tragédia. Igor Guirkine, Sergueï Doubinski e Leonid Khartchenko, integrantes do serviço secreto russo, foram julgados, mas seguem em liberdade.
Diante do crime cometido pelos suspeitos, que causou tanto sofrimento a tantas vítimas e a seus familiares, a punição mais severa é necessária", disse o juiz.
Diferentemente dos outros, o quarto acusado, Oleg Poulatov, foi inocentado. A acusação afirma que os 3 condenados faziam parte das forças separatistas que são apoiadas pelo Kremlin, com envolvimento crucial no encaminhamento do sistema de mísseis BUK na Ucrânia. O governo russo nega envolvimento com o caso.
Segundo a AFP, via UOL, os familiares das vítimas, de cerca de 10 nacionalidades diferentes, foram até o tribunal para esperarem o veredito. O tribunal é perto do aeroporto de Amsterdã, local em que o Boeing decolou em 17 de julho de 2014, em que dois terços dos passageiros eram holandeses.
