Reitor da instituição de ensino publicou uma curiosa mensagem em reação à morte do controverso ex-primeiro-ministro
Redação Publicado em 13/06/2023, às 14h35
Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro da Itália, faleceu na última segunda-feira, 12, aos 86 anos, devido a complicações causadas por uma leucemia, que é um câncer que afeta o sangue.
O governo decretou luto nacional em reação à notícia, porém a Universidade para Estrangeiros de Siena, localizada na região de Toscana, se recusou a fazer a homenagem póstuma ao controverso político.
Berlusconi, vale mencionar, teve uma trajetória marcada por inúmeras declarações preconceituosas, escândalos sexuais e especulações a respeito de sua suposta conexão com a máfia italiana.
A Universidade citada, conforme divulgou o portal The Nation View, se recusou a hastear sua bandeira na altura da metade do mastro, como é tradição durante períodos de luto nacional, com a decisão sendo explicada pelo reitor, Tomaso Montanari, através de uma impactante mensagem à comunidade.
Desde o desprezo pela justiça à mercantilização de tudo (a começar pelo corpo feminino nas TVs), até o orgulhoso desembaraço alfandegário de fascistas no governo, do interesse próprio como único critério para a especulação a respeito da destruição da natureza. Das mentiras. Nisso e muito mais, Berlusconi foi o oposto de um estadista, um reverso grotesco do projeto de Constituição", afirma Montanari, que resume a recusa à homenagem com o lema "sem ódio, mas também sem santificação hipócrita".
A decisão conquistou a aprovação de diversos italianos, com uma petição chegando a ser criada no Change.org para expressar apoio ao posicionamento da Universidade de Estrangeiros de Siena.
Para uma parte muito grande dos cidadãos italianos, a indicação pela Presidência do Conselho de luto nacional pela morte de Silvio Berlusconi contrasta fortemente com os acontecimentos que marcaram e caracterizaram a vida do personagem, bem delineados pelo Prof. Montanari, Reitor da Universidade para Estrangeiros de Siena, em seu depoimento à comunidade", afirma a iniciativa online, que já tinha quase duas mil assinaturas até a publicação desta notícia.
