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Matérias / Gianni Versace

Há 25 anos, Gianni Versace era assassinado por um psicopata

Neste dia, em 1997, o mundo recebia a dura notícia da morte de Gianni Versace, um dos mais importantes estilistas do mundo

Redação Publicado em 18/10/2019, às 12h45 - Atualizado em 15/07/2022, às 07h00

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Gianni Versace e suas criações - Reprodução/Vídeo e Openthedoor
Gianni Versace e suas criações - Reprodução/Vídeo e Openthedoor

Em 15 de julho de 1997, o estilista Gianni Versace, fundador e dono da Versace, uma das maiores empresas de moda do planeta, foi assassinado aos 50 anos na porta de sua mansão em Miami, nos Estados Unidos.

Giovanni Versace, mais conhecido como Gianni, foi um dos maiores estilistas do mundo no século 20. Nascido na Itália, seu trabalho ficou marcado pela união do clássico com o novo, com influências das artes greco-romana e contemporânea.

Suas roupas coloridas, arrojadas e sensuais tornaram-no uma sensação internacional já em 1978 ao abrir sua primeira boutique, em Milão. O estilista que "não acreditava em bom gosto", segundo suas próprias palavras, buscava misturar o luxo clássico à sexualidade aberta. Ele construiu um império gigantesco do design não só de roupas, como também de joias e até móveis. Na época de sua morte, seu patrimônio estava avaliado em 807 milhões de dólares.

Por causa dessa visão mais progressista acerca da moda (o que o levou a ter, inclusive, uma rivalidade com outro famoso estilista italiano, Giorgio Armani), Versace fazia muito sucesso entre as celebridades. Também criava roupas para espetáculos teatrais e filmes.

No dia 15 de julho de 1997, Versace voltava para casa de uma caminhada quando foi baleado duas vezes por Andrew Cunanan, jovem norte-americano de 27 anos, natural da Califórnia

O assassino era, segundo as investigações da polícia, um psicopata. Inteligente, extrovertido, mentiroso patológico e com um grande desdém por valores como empatia ou remorso, Cunanan cometeu cinco assassinatos de abril a julho de 1997, sendo o de Versace o último.

O assassino em série / Crédito: Reprodução

Segundo relatos, Cunanan dizia conhecer Versace intimamente, uma declaração com certo lastro pois ambos frequentavam lugares e círculos sociais semelhantes em San Francisco nos anos 80.

A família do estilista negou, e a investigação do FBI foi inconclusiva, alegando que podia fazer parte de um dos muitos delírios de grandeza do rapaz. Cunanan se sustentava por relacionamentos com homens mais velhos e ricos que o bancavam.

Em 97, aos 27 anos, Andrew cometeu quatro assassinatos em doze dias, inclusive do magnata do ramo imobiliário Lee Miglin, em Chicago. Depois de dois meses de fuga e nomes falsos, ele matou Versace em Miami com dois tiros.

As motivações do assassino nunca foram conhecidas, visto que ele se suicidou oito dias depois na casa flutuante onde estava escondido. Nada de relevante foi encontrado, e a especulação de que ele teria começado a cometer os crimes depois de ter descoberto que era soropositivo caiu por terra com o exame da perícia. A própria polícia de Miami alegou que as motivações para o assassinato do estilista talvez nunca fossem conhecidas.

Versace foi uma figura com grande influência na cultura pop no século 20, e isso não desvaneceu com sua morte. Sua marca, agora comandada por seus irmãos, enfrentou alguns problemas no início dos anos 2000, mas continuou realizando grandes projetos e parcerias até ser vendida para o estilista americano Michael Kors por mais de dois bilhões de dólares.

A segunda temporada da série American Crime Story, produzida pela Netflix, é sobre o assassinato do famoso estilista italiano.