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Matérias / Professora

A professora americana que foi presa ao exibir o filme de terror em sala de aula nos EUA

O conteúdo do longa chocou os menores ao mostrar cenas de violência gráfica e sexual, reverberando em um julgamento polêmico

Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 08/03/2023, às 20h06

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Imagem ilustrativa de sala de aula - Getty Images
Imagem ilustrativa de sala de aula - Getty Images

Em diversas escolas ao redor do mundo, é comum que os professores exibam algum filme durante alguma aula, ou até mesmo na ausência de algum outro professor, é normal que os estudantes sejam colocados para assistir a alguma produção cinematográfica. Foi exatamente isso que aconteceu com uma professora americana  — mas o resultado desse dia tomou um rumo insólito.

Em um colégio de Columbia, nos Estados Unidos, uma professora foi condenada a 90 dias de prisão ao exibir um filme que não deveria ser assistido por menores de 16 anos. Sheila Kearns, 58, foi condenada por divulgação de matéria prejudicial para os alunos, que tinham entre 14 e 18 anos.

Contrariando todas as escolhas comuns de filmes para passar durante uma aula, a professora escolheu nada mais nada menos do que o longa de terror ‘O ABC da Morte’, que acabou traumatizando os alunos.

O filme

‘O ABC da Morte’, lançado em 2012, é uma coletânea de curtas-metragens que possuem curiosidades interessantes em sua produção, principalmente porque reúne o trabalho de 26 diretores diferentes, que criaram filmes com maneiras diferentes de morrer. Cada um deles é baseado em uma letra do alfabeto.

Um bom exemplo disso é que as mortes estão relacionadas à letra em questão, como E para exterminação e O para orgasmo. No entanto, como a ideia já revela, o filme consegue abusar da violência e também da quantidade de referências sexuais, ainda que utilize um pouco do humor.

Pôster do filme 'O ABC da Morte' - Crédito: Divulgação / Magnolia Pictures

No site IMDb, um dos principais em relação à crítica cinematográfica, o longa é classificado com 4,7 de estrelas, sendo a máxima nota, 10. 

Problema escolar

Diversos adolescentes assistiram ao longa na aula de Sheila e ficaram horrorizados com o que viram. Como esperado, eles contaram aos pais tudo o que viram, que eles não gostaram da falta de responsabilidade da professora.

Alguns pais reclamaram com a diretoria da instituição de ensino, no entanto, outros não acharam isso suficiente, e denunciaram a profissional à polícia. Toda a confusão aconteceu um ano após o lançamento do filme, em 2013, especificamente no mês de abril.

Contradições curiosas

Segundo o portal 94 Fm Dourados, durante o julgamento, Sheilapediu desculpas ao tribunal e relatou que não assistiu ao filme antes de exibi-lo aos alunos da Columbus East High School. Inclusive, seu advogado de defesa afirmou que ela não teria exibido o filme caso estivesse consciente do conteúdo. 

Entretanto, um dos estudantes contrariou a versão da professora, dizendo que teria testemunhado a professora assistindo ao filme de 129 minutos. Ele ainda completou dizendo que o filme era "perturbador" e que os estudantes ficaram “loucos” quando o viram. Enquanto era exibido, um assistente da direção confiscou o DVD.

Os promotores do caso alegaram que o título do filme já dá uma ideia do conteúdo e que Sheila deveria ter dado uma olhada nisso antes de exibir a produção, que também teve que ser assistida pelos jurados. O juiz concedeu a ela a liberdade condicional por três anos, mas ela teve de cumprir 90 dias de prisão para obter o direito ao benefício.


 + (O trailer a seguir não é indicado para menores de 16 anos)