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Notícias / Ditadura militar

Deputados dos EUA pedem quebra de sigilo em documentos sobre a ditadura

Em contexto dos 60 anos do golpe militar no Brasil, deputados dos Estados Unidos pedem divulgação de 13 documentos confidenciais sobre a ditadura brasileira

Éric Moreira Publicado em 04/04/2024, às 17h08

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Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, e fotografia tirada durante a Ditadura Militar do Brasil - Getty Images / Domínio Público via Wikimedia Commons
Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, e fotografia tirada durante a Ditadura Militar do Brasil - Getty Images / Domínio Público via Wikimedia Commons

Nesta quinta-feira, 4, um grupo de 16 congressistas dos Estados Unidos assinou uma carta ao presidente Joe Biden em que é solicitada a quebra do sigilo de 13 documentos, até então confidenciais, acerca da ditadura militar no Brasil.

Vale mencionar que, hoje, não é segredo o envolvimento do governo norte-americano nos golpes militares na América do Sul nas décadas de 1960 e 1970, com a minimização de violações de direitos e até mesmo o envio de tropas da Marinha que ajudariam na deposição de João Goulart — que não foram necessárias, pois, a deposição aconteceu antes de chegarem.

Segundo a Folha de S. Paulo, que teve acesso antecipado à carta, o documento se apoia em duas datas relevantes celebradas em 2024 para reforçar a importância da divulgação dos documentos: os 60 anos do golpe militar no Brasil, e os 200 anos de relações diplomáticas entre nós e os Estados Unidos. Os arquivos, vale mencionar, datam desde o dia 30 de março, véspera do golpe, até 9 de abril de 1964.

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Signatários

Entre as pessoas que assinaram a carta, estão apenas membros do Partido Democrata, com destaque a Alexandria Ocasio-Cortez, lembrada como uma das maiores figuras da esquerda dos Estados Unidos atualmente, Rashida Tlaib, única palestino-americana no Congresso, e Jim McGovern, co-presidente da Comissão de Direitos Humanos do país.

Também estão entre os signatários os deputados Jamaal Bowman, Cori Bush, Greg Casar, Joaquin Castro, Chuy García, Raúl Grijalva, Hank Johnson, Barbara Lee, Janice Schakowsky, Juan Vargas e Jamie Raskin.

"Acreditamos que um esforço comparável relacionado ao Brasil é tão oportuno quanto necessário. A desclassificação de documentos relacionados ao período da ditadura brasileira não só enriquecerá o conhecimento histórico, mas também fortalecerá o compromisso dos EUA com os valores democráticos e os direitos humanos", acrescentam na carta.