Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Marte

Manchas curiosas, semelhantes a aranhas, são flagradas sob gelo marciano

Sonda da Agência Espacial Europeia capturou imagens de manchas sob o gelo marciano na região polar sul do planeta vermelho

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 25/04/2024, às 12h32 - Atualizado às 19h55

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Manchas flagradas pela sonda Trace Gas Orbiter - Divulgação/The European Space Agency
Manchas flagradas pela sonda Trace Gas Orbiter - Divulgação/The European Space Agency

A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou que a sonda Trace Gas Orbiter (TGO) capturou imagens de manchas sob o gelo marciano que se assemelham a "aranhas" na região polar sul do planeta vermelho.

No entanto, essas estruturas não são aracnídeos reais; elas são, na verdade, características escuras formadas quando a luz solar da primavera marciana incide sobre camadas congeladas de dióxido de carbono (CO2) depositadas durante o inverno.

De acordo com o portal Galileu, esse processo ocorre quando o sol aquece o gelo de CO2 na base das camadas, transformando-o em gás. Esse gás se acumula sob o gelo e causa o rompimento das placas superiores, liberando o material escuro para a superfície. Essas manchas escuras podem ter entre 45 metros e 1 km de diâmetro.

Outra imagem, capturada pela missão Mars Express da ESA, também mostra essas manchas escuras em colinas e planaltos, embora desta vez não se assemelhem a "aranhas". A área em torno dessas características é apelidada de "cidade inca", devido à sua semelhança com as ruínas incas, com uma rede linear de cumes quase geométricos.

Origem desconhecida

A origem da "cidade inca" ainda é desconhecida. Pode ser que dunas de areia tenham se transformado em rocha ao longo do tempo, ou que materiais como magma ou areia tenham penetrado através de camadas fraturadas da rocha marciana. Outra teoria sugere que as cristas na paisagem poderiam ser "eskers", estruturas sinuosas relacionadas a geleiras.

Uma outra hipótese propõe que as "paredes" circulares da área, com 86 km de diâmetro, possam ter sido formadas dentro de uma grande cratera causada por uma colisão de um objeto espacial. Esse impacto provavelmente teria causado falhas na planície circundante, que foram preenchidas com lava ascendente e erodidas ao longo do tempo.