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Notícias / Arqueologia

Pesquisadores recriam em 3D rosto de mulher neandertal de 75 mil anos atrás

Chamada de Shanidar Z, mulher neandertal foi encontrada em caverna no Curdistão Iraquiano, e chama atenção por ter falecido aos 40 anos; confira!

Crânio reconstruído de Shanidar Z - Divulgação/Estúdios BBC/Jamie Simonds
Crânio reconstruído de Shanidar Z - Divulgação/Estúdios BBC/Jamie Simonds

Recentemente, uma equipe de arqueólogos da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, divulgou a reconstrução facial de uma mulher neandertal que viveu há 75 mil anos. Nomeada como Shanidar Z, ela foi descoberta em 2018 na Caverna Shanidar, no Curdistão Iraquiano, onde vários outros neandertais já foram descobertos anteriormente.

Em comunicado, a paleoantropóloga do Departamento de Arqueologia de Cambridge, Emma Pomeroy, explica que "os crânios dos neandertais e dos humanos são muito diferentes", possuindo arcos superciliares bem maiores e narizes mais proeminentes. Vale mencionar que um fator que chama atenção em Shanidar Z é que ela faleceu aos 40 anos, uma idade bastante avançada para seu contexto.

Após a mulher neandertal ter morrido, ela foi sepultada na caverna, onde outros da espécie costumavam deixar seus mortos, e teve sua cabeça esmagada eventualmente, provavelmente após a queda de uma rocha. Por isso, seu crânio foi encontrado em fragmentos e achatado.

Fragmentos do crânio de Shanidar Z quando descobertos / Crédito: Divulgação/Graeme Barker

Reconstrução

Conforme repercutido pela Revista Galileu, para o processo de reconstrução em 3D do rosto da mulher neandertal, a conservadora-chefe do laboratório de Cambridge, Lucía López-Polín, juntou manualmente mais de 200 pedaços do crânio. Além disso, estudos forenses também foram aplicados para compreender como os dentes de Shanidar Z haviam se deslocado das mandíbulas.

Após reconstruído, o crânio foi digitalizado em 3D, e serviu como base para que os irmãos paleoartistas Adrie e Alfons Kennis reconstruíssem sua face. Para tanto, foram adicionadas camadas de músculo e pele.

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Reconstrução em 3D do rosto de Shanidar Z / Crédito: Divulgação/BBC Studios/Jamie Simonds

Como uma fêmea mais velha, Shanidar Z teria sido um depósito de conhecimento para seu grupo, e aqui estamos nós setenta e cinco mil anos depois, aprendendo com ela ainda", afirma Pomeroy.