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Notícias / Rio Grande do Sul

Os Relatos emocionantes de quem sofre com a enchente no RS

Relatos de sobreviventes revelam dificuldades durante as inundações no Rio Grande do Sul. Defesa Civil confirmou 100 mortes e um total de 1,4 milhão de pessoas afetadas.

Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 08/05/2024, às 15h49

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Sobreviventes da enchente no Rio Grande do Sul - Getty Images
Sobreviventes da enchente no Rio Grande do Sul - Getty Images

Mais de 1,4 milhões de pessoas foram impactadas por uma tragédia sem precedentes no Rio Grande do Sul, onde os temporais resultaram em 100 mortes, 128 desaparecidos e 372 feridos. A solidariedade tem sido evidente, com inúmeros voluntários, resgatados e abrigados compartilhando histórias de dramas vivenciados durante essas adversidades.

Um voluntário, que ajudava nas operações de resgate na Zona Norte de Porto Alegre, uma das áreas mais atingidas, recordou o desespero de uma mãe que suplicava ajuda para seu filho. Em meio a botes lotados, eles conseguiram salvar a criança e, ao retornarem, encontraram a mãe em segurança em um abrigo.

Nós estávamos com o bote cheio, o barco da frente cheio, o de trás cheio, e ela gritou para salvar só a criança. Ela deu junto o documento da criança, e falou para mim que era para cuidar dele se não tivesse dado tempo de voltar. Nós salvamos a criança e voltamos para buscá-la", disse o voluntário ao G1.

O bairro Menino Deus, próximo ao Guaíba, foi alagado após o desligamento de uma casa de bombas, deixando a população atônita diante da súbita inundação. Uma moradora há 44 anos descreveu a perda devastadora de seus pertences, lamentando nunca ter enfrentado algo semelhante antes.

"Está tudo bem, mas perdemos tudo. Conseguimos sair. Eu, meus bichos, tirei minha mãe e agora estou ajudando o pessoal. Só consegui tirar o que estava mais pra cima, TV, air fryer, geladeira, o resto foi tudo, camas, guarda-roupa. Eu moro há 44 anos e nunca vi isso. Está bem triste", contou.

Relatos dos afetados

As inundações deixaram os residentes de bairros próximos ao Guaíba em uma encruzilhada: permanecer em casa ou evacuar. Apesar das recomendações de segurança para sair, alguns resistem, temendo saques ou não tendo para onde ir.

Enquanto voluntários tentam orientar a população, muitos clamam por uma resposta mais eficaz por parte das autoridades municipais.

São Leopoldo foi uma das cidades mais afetadas, com cerca de 80% da população desabrigada.Tatiane da Silva, uma das desalojadas, expressou gratidão pelo abrigo que encontrou, pois não teria comida para seu filho se tivesse retornado para casa.

Eu agradeço porque, se eu voltasse para casa, eu não ia ter nem arroz pra comer com ele", diz, ainda ao G1.

Diante do cenário desolador, alguns residentes consideram deixar o estado. Sabrina Graeff, expulsa de casa pela segunda vez, compartilha seu pânico ao ver as chuvas se aproximando e a determinação de encontrar um lugar seguro para sua família, onde a água não seja uma ameaça constante. "Não tem como ficar lá. Quando começa a chover, a gente já começa a ficar em pânico, então, para lá, eu não volto mais", encerrou.