Suzane foi flagrada na fila da cantina de uma universidade particular na última quarta-feira, 15
Suzane von Richthofen, a mulher que foi condenada pela morte dos pais em 2002, voltou a estudar biomedicina em uma universidade particular de Itapetininga, no interior de São Paulo, após ser beneficiada com a progressão de pena para o regime aberto.
Inicialmente, a Justiça concedeu a Suzane o direito de estudar em uma universidade de Taubaté (SP), no ano de 2021, mas após ser beneficiada com a liberdade, ela trancou o curso na cidade e se mudou para Angatuba (SP).
No início deste ano, a detenta transferiu o curso para a UNIFSP, que fica em, Itapetininga, A cidade fica a 52 quilômetros de distância do local em que ela vive atualmente.
Na última quarta-feira, 15, imagens feitas por estudantes da instituição mostraram Suzane em uma fila para a cantina, acompanhada de outras duas alunas. Como apurou o portal de notícias G1, essa é a primeira vez que Suzane acompanha as aulas de forma presencial desde que iniciou o curso.
De acordo com a fonte, desde o começo de fevereiro, os advogados de defesa de Suzane trabalhavam para conseguir a autorização da Justiça para que ela pudesse frequentar as aulas presenciais. Eles conseguiram a liberação há algumas semanas, e a direção da faculdade comunicou a notícia aos colegas de sala de Suzane.
Uma das colegas de sala da detenta, que preferiu não se identificar, contou ao G1 que todos ficaram surpresos ao saber da matrícula dela.
Foram de sala em sala e comunicaram que a Suzane frequentaria as aulas. Pediram para que os alunos compreendessem e respeitassem o direito dela como cidadã. E foi assim! Na hora, fiquei surpresa e, apesar de saber que é um direito dela, me sinto meio desconfortável", afirmou a estudante.
A UNIFSP ainda não se manifestou sobre a matrícula da Suzane von Richthofen, apesar das imagens e da confirmação da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). A SAP esclareceu em uma nota que a detenta agora está sob a vigilância do Poder Judiciário após a concessão do regime aberto. No entanto, a universidade ainda não divulgou uma declaração oficial sobre o assunto.
O caso de Richthofen está sob segredo de Justiça, de acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), o que impede o fornecimento de informações. A defesa dela também não se posicionou sobre a matrícula na UNIFSP.
