Múmia tatuada de Luxor - Divulgação/Ministério das Antiguidades do Egito
Egito Antigo

O mistério da múmia egípcia de 3 mil anos que foi descoberta com mais de 30 tatuagens

Encontrada em 2014, os arqueólogos acreditam que múmia pertenceu a uma mulher de grande importância social

Redação Publicado em 18/05/2020, às 07h00

Ela não tem mãos, cabeça, perna ou pélvis. A múmia encontrada na vila de Deir El-Madina, perto da antiga capital egípcia de Luxor, sofreu vandalismo – sua tumba claramente foi saqueada, por ladrões de talvez milênios atrás. Eles já atuavam nos tempos dos romanos, e chegou-se até a vender múmias como remédio

Mas o que sobrou dela está coberto por 30 tatuagens, com touros, ovelhas, babuínos, flores de lótus e vários exemplares do olho de Hórus (wadjet). Ela viveu entre 3.300 a 3.070 anos atrás, período que inclui o reino do grande Ramsés II. Tinha entre 25 e 34 anos de idade quando morreu.

Anunciada apenas em 2018, a descoberta de 2014, pelo Instituto Francês de Arqueologia Oriental (IFAO), rendeu uma ampla de discussão nesses 4 anos até a revelação. Pelo motivo óbvio: para que tanta tatuagem?

Múmia tatuada / Crédito: Divulgação

 

Uma ideia é que ela tenha as recebido como amuletos mágicos, para curar-se de alguma doença. Há a ideia de que, nessa época, mulheres não fossem aceitas nos templos, por um tabu ligado à menstruação. Mas, ao final, a análise das tatuagens convenceu os arqueólogos que ela era, de fato, uma sacerdotisa. Ou, no mínimo, uma espécie de feiticeira, oferecendo seus serviços por dinheiro.

"A localização dessas tatuagens sugere que elas foram projetadas para serem altamente visíveis na parte superior do braço e no ombro", falou Daniel Antoine, curador de antropologia física do Museu Britânico

No conjunto, há um universo simbólico tatuado em seu corpo que, de acordo com o comunicado oficial, “reflete que a múmia pertenceu a uma mulher que teve um status religioso importante por sua vida”.


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