Ao voltarem para casa, os responsáveis pelo grande passo da humanidade viveram em isolamento por um tempo
Alexandre Carvalho Publicado em 29/06/2020, às 12h31 - Atualizado às 12h32
Parece enredo de ficção científica. Bactérias assassinas, que habitam as crateras da Lua, chegam ao nosso planeta a bordo de uma espaçonave (terrestre), desencadeiam um contágio descontrolado e... pronto: é o fim da aventura humana na Terra.
Hoje, sabe-se, não há nenhuma forma de vida na Lua. Mas ninguém tinha certeza disso em 1969, quando a missão Apollo 11 voltava para casa depois daquele grande salto da humanidade, que foi colocar americanos em solo lunar.
E se, inocentemente, os astronautas trouxessem consigo germes selenitas, perigosos para o organismo humano? Por mais que a hipótese não parecesse crível, a Nasa decidiu se precaver.
E tinha suas razões: um vírus alienígena circulando nos EUA arruinaria toda a imagem de vencedor da corrida espacial contra a União Soviética. Para garantir, o governo americano decretou, a toque de caixa, a Extra-Terrestrial Exposure Law (“Lei para Exposição Extraterrestre”), uma política de “responsabilidade e autoridade para proteger a Terra contra qualquer contaminação prejudicial”.
Na prática, essa lei significava a velha e prudente quarentena medieval – que viajou num túnel do tempo até a época das odisseias espaciais. E assim foi: Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins tiveram de permanecer 21 dias confinados numa instalação construída para a quarentena, uma espécie de trailer modificado.
Responsável pelas operações médicas da Apollo 11, o cirurgião Charles Berry justificaria a precaução numa entrevista 30 anos depois: “Se os astronautas tivessem qualquer coisa, uma tosse, uma fungada, nós teríamos de provar que isso não tinha vindo da Lua”.
A lei deixou de valer em 1977, quando já estava claro que não havia nenhum microorganismo na Lua. Mas a quarentena continuou a ser praticada pela Nasa – mas, agora, antes da partida.
Todos os astronautas são obrigados a passar um período confinados para garantir que nenhum deles fique doente durante a missão. Imagine ter uma pneumonia a 300 mil quilômetros de qualquer médico da Terra...
Os relatos de Joseph Baena, filho de Arnold Schwarzenegger que impressiona pela semelhança
Bridgerton: Por que nova temporada não segue a sequência dos livros?
Bebê Rena: Veja o que aconteceu com o comediante retratado na série
Bebê Rena: Atriz conheceu a stalker da vida real?
Bebê Rena: Saiba como o criador enxerga o final intrigante da série
Bebê Rena: 5 coisas que você precisa saber sobre a história real que inspirou a série