Fotografia de gravura rupestre amazônica - Divulgação/ Arquivo Pessoal/ Carlos Augusto da Silva
Arqueologia

Amazônia: Gravuras rupestres milenares são reveladas por seca no rio Negro

Exploração de petróglifos é feita em Manaus em meio à severo período de estiagem

Ingredi Brunato Publicado em 31/10/2023, às 17h37

Em Manaus, capital da Amazônia, uma baixa recorde do nível do rio Negro acabou revelando desenhos esculpidos nas pedras da região do "Encontro das Águas", em que ele se mistura com o rio Solimões para formar o rio Amazonas. 

Muitas das surpreendentes gravuras rupestres — chamadas também de petróglifos — representam rostos e animais, mas também aparecem formas geométricas tal como quadrados e círculos. 

Vale mencionar que as figuras já foram visualizadas por arqueólogos brasileiros em períodos de seca anteriores, como os de 2005, 2009 e 2010. Em meio à estiagem histórica, no entanto, que é a maior desde o início dos registros em 1902, a exposição da arte rupestre foi ainda mais intensa. 

Conforme repercutiu o Live Science, o pesquisador indígena Carlos Augusto da Silva, que faz parte da Universidade Federal do Amazonas, relatou ter contado mais de uma centena de petróglifos. 

Outro detalhe de relevância é que as interessantes gravuras remontam ao período pré-colombiano, tendo pelo menos 2 mil anos, de acordo com as datações de radiocarbono. 

Fotografia de gravura rupestre / Crédito: Divulgação/ Arquivo Pessoal/ Carlos Augusto da Silva

 

Situação ambiental 

Se, por um lado, a seca do rio serviu para revelar parte do incrível patrimônio arqueológico de Manaus, por outro é um sinal de como a crise ambiental está afetando o rio Negro. 

Alguns dos fatores que contribuíram para as proporções nunca vistas antes da estiagem de 2023 são as queimadas florestais que ocorrem na Amazônia, o El Niño e as mudanças climáticas em si. 

Outra questão que gera preocupação nesta recente exposição dos petróglifos é os possíveis danos que podem ser causados pelos curiosos que vão visitar o local para admirar as gravuras milenares, ainda de acordo com o Live Science. 

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