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Notícias / Arqueologia

Petróglifos de 2,7 mil anos são descobertos em pedras na Suécia

Desenhos retratam grandes navios, cavalos e humanos; confira!

Éric Moreira, sob supervisão de Ingredi Brunato Publicado em 22/05/2023, às 14h27

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Grande linha de petróglifos encontrados na Suécia - Divulgação/Fundação para Documentação de Bohuslän Rock Carvings
Grande linha de petróglifos encontrados na Suécia - Divulgação/Fundação para Documentação de Bohuslän Rock Carvings

Uma equipe de arqueólogos da Fundação para Documentação de Bohuslän Rock Carvings descobriu em uma grande encosta na cidade de Tanum, no sul da Suécia, diversos desenhos datados de cerca de 2,7 mil anos atrás, que até outrora não eram visíveis por estarem cobertos de musgo. 

Entre as pinturas se destacam um navio de quase 2 metros de comprimento, e uma figura humana de 1 metro de altura. Antes de serem efetivamente descobertos, os desenhos pareciam somente marcas brancas na encosta, grandemente cobertas por musgo; depois de raspado todo o material orgânico, o achado foi revelado, conforme relatado pelo Ancient Origins.

Conforme o musgo foi sendo gradualmente removido, mais e mais imagens foram reveladas. Ao todo, de acordo com a Revista Galileu, o conjunto incluía cerca de 40 petróglifos: 13 navios, nove cavalos, sete humanos e quatro carruagens, alinhados de forma a possivelmente compor uma narrativa.

Desenhos em petróglifos da Suécia
Desenhos em petróglifos da Suécia / Crédito: Divulgação/Fundação para Documentação de Bohuslän Rock Carvings

No meio científico e entre a população local, os novos petróglifos — gravuras rupestres feitas por humanos — vem sendo chamados de 'petróglifos de Kville', nome da paróquia onde se encontra a seção de rocha com os desenhos. Vale dizer, ainda, que essas figuras não estão muito longe dos já conhecidos de Tanum — mais de 600 painéis contendo milhares de imagens.

Desenhos na vertical

Andreas Toreld, o arqueólogo que liderou o achado de Kville, observa em entrevista à publicação científica sueca Forskning och Framsteg que os desenhos ali encontrados não são únicos, já tendo sido vistos outros semelhantes em outros lugares. Porém, "a localização em um afloramento quase vertical é incomum".

E de fato, a forma como esses desenhos foram feitos chama a atenção. Geralmente, achados do tipo são encontrados ocupando uma área mais horizontal, de forma que quem pintou não teria muita dificuldade além de andar para os lados. Porém, no caso dos petróglifos de Kville, eles se dispõem a vários metros acima do solo.

Petróglifos na encosta da paróquia de Kville
Petróglifos na encosta da paróquia de Kville / Crédito: Divulgação/Fundação para Documentação de Bohuslän Rock Carvings

Tentando desvendar como eles podem ter sido feitos, os pesquisadores supuseram que os antigos escultores poderiam estar em cima do convés de um barco enquanto faziam o trabalho, já que aquele era um período marcado por um mais alto nível do mar e, logo, uma maior área submersa.

Assim, é possível sugerir que os desenhos foram feitos entre os séculos VII e VIII a.C., época em que a face rochosa de Kville ainda era a orla de uma ilha, facilmente visível aos navios que passavam por ali.

Por isso, inclusive, é que muitos desses petróglifos representariam grandes embarcações, que eram extremamente importantes para os povos que navegavam por ali na época