O menino Henry Borel ao lado da mãe, Monique Medeiros, e do padrasto, o vereador Dr. Jairinho - Imagem: Reprodução
Brasil

Babá relata o que Jairinho disse à Henry após a agressão

O menino foi confrontado pelo padrasto no dia em que foi agredido

Redação Publicado em 14/04/2021, às 07h24

Henry, de 4 anos, faleceu na madrugada de 8 de março decorrente de agressões sofridas no apartamento onde morava, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O padrasto e a mãe foram presos na última quinta-feira (8), acusados de atrapalhar investigações e ameaçar testemunhas.  

De acordo com o portal de notícias UOL, a babá Thayná de Oliveira Ferreira, em depoimento nesta segunda-feira na 16ª DP (Barra), disse que o padrasto do menino e vereador (sem partido) Dr. Jairinho, havia confrontado Henry no dia em que a criança relatou a agressão. 

Na tarde de 12 de fevereiro, contou à babá que tinha sido chutado e sofrido uma rasteira — relatado em uma conversa por celular entre Thayná e a mãe, Monique Medeiros. Ele ainda contou que estava com dores no joelho e em um vídeo apareceu mancando após as supostas agressões. 

Horas após o relato, Jairinho “visivelmente alterado”, segundo a babá, chegou ao apartamento e questionou a criança: “Henry, o que você falou para a sua mãe? Você gosta de ver a sua mãe triste com o tio? Você mentiu para a sua mãe?”.

O político se perguntou à Thayná sobre a conversa entre o menino e a mãe: “Ele ligou? o que vocês falaram?”. Então estendeu a mão e chamou Henry, mas ele não quis ir e se encolheu no colo da babá. Com isso, o padrasto se afastou e saiu do apartamento, indo se encontrar com a mãe do enteado. 

No carro com Monique e a babá, o garoto confirmou gesticulando positivamente com a cabeça que havia sido agredido pelo padrasto. Então, voltou ao imóvel sozinha, para buscar as malas dela e do filho. Porém, no dia seguinte da agressão relatada, a babá disse ter ficado surpresa ao ver em uma rede social uma foto do casal.

“As provas testemunhais, documentais e periciais nos levam a ter a convicção da autoria e materialidade desse crime por parte do vereador Jairinho, hoje investigado por homicídio duplamente qualificado” disse o delegado Antenor Lopes, diretor do DGPC (Departamento Geral de Polícia da Capital) em entrevista dada ao UOL. 

Acredita-se que houve outras agressões, segundo a babá foram ao menos duas só em fevereiro. Entretanto, Thayná disse que mentiu no primeiro depoimento, por medo e receio. Por ter visto o que Jairinho tinha feito com uma criança, ficou com medo de que algo pudesse acontecer com ela também.

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