Desenvolvido por pesquisadores, o projeto LediZ possibilita fazer perguntas em um chatbot através do processamento das falas de vítimas de campos de concentração
Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 07/05/2024, às 18h45
O projeto LediZ representa uma inovação notável na preservação das memórias dos sobreviventes do Holocausto. Desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Chemnitz e da Universidade Ludwig Maximilian de Munique (LMU Munique), na Alemanha, essa iniciativa utiliza Inteligência Artificial (IA) para criar uma experiência interativa de conversação online com sobreviventes.
Liderada pela professora AnjaBallis da LMU Munique, a tecnologia permite aos usuários dialogarem, em inglês ou alemão, com sobreviventes do Holocausto como Abba Naor, Eva Umlauf e Zilli Schmidt. Embora os sobreviventes não respondam diretamente, suas respostas são geradas a partir do processamento de suas falas gravadas em vídeo.
A interface do projeto oferece a oportunidade de fazer perguntas aos sobreviventes, com sugestões disponíveis caso haja dúvidas sobre o que indagar. Os depoimentos interativos visam educar e sensibilizar, com a professora Christina Sanchez-Stockhammer e sua equipe da Universidade de Tecnologia de Chemnitz legendando as entrevistas de Abba Naor em inglês e facilitando o acesso na língua inglesa.
Além disso, recursos educacionais suplementares foram desenvolvidos, incluindo um tutorial em vídeo e planos de aula, para permitir que professores incorporem os testemunhos digitais de Naor em suas aulas de história e língua inglesa.
Abba Naor, Eva Umlauf e Zilli Schmidt representam testemunhas viventes de uma época sombria da história. Suas histórias de sobrevivência são essenciais para lembrar as atrocidades do Holocausto e garantir que as gerações futuras aprendam com o passado. Este projeto interativo visa manter viva a memória desses eventos, assegurando que nunca sejam esquecidos.
