Indígena morto em Carnaubeira da Penha - Divulgação / Redes Sociais
Assassinato

Caso de indígena morto a pauladas, no Sertão, é investigado pela Polícia Civil

Suspeita é de que policiais militares tenham praticado o crime contra o homem de 61 anos

Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 17/06/2022, às 17h26 - Atualizado às 18h00

A morte de um indígena em Carnaubeira da Penha, no Sertão, está sendo investigada pela Polícia Civil de Pernambuco. A morte ocorreu na última quarta-feira, 15, e, segundo lideranças indígenas da comunidade, Edinaldo Manoel de Souza, de 61 anos, foi agredido até a morte por policiais militares, na frente de casa, na Aldeia Olho D'Água do Padre, que fica na Terra Indígena Atikum.

Edinaldo teria sido socorrido pelos policiais envolvidos na ação e teria sido levado para um hospital próximo, mas veio a falecer antes mesmo de dar entrada na unidade de saúde. Os índigenas do Povoado Atikum realizaram um protesto contra a morte de Ednaldo, na última quinta-feira, 16.

De acordo com o G1, o comissário da Polícia Civil conversou com os manifestantes e afirmou que as autoridades já estão investigando o caso. "Trabalhamos de acordo com a lei, a nossa delegacia está de portas abertas para receber a comissão de vocês. O delegado responsável já está ciente do caso. A dor de vês também é nossa", disse ele.

Nota Oficial

A Polícia Civil informou, através de uma nota, que um inquérito policial foi instaurado para apurar a fundo o caso. Já teriam sido realizadas diligências, incluindo oitivas de familiares da vítima, lideranças indígenas e vizinhos. As investigações estão sendo acompanhadas também pelo Ministério Público de Pernambuco, e estão sendo auxiliadas por perícias criminais, feitas pela Polícia Científica.

"Os trabalhos conduzidos no âmbito criminal e também disciplinar prosseguirão dentro da legalidade, com seriedade e imparcialidade, de modo a elucidar as circunstâncias do fato no menor tempo possível. Outras informações serão concedidas com a conclusão das investigações, para que não haja prejuízo às diligências em curso", esclarece a nota.

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