O jovem congolês Moïse Kabamgabe - Divulgação/Arquivo pessoal
Rio de Janeiro

Caso Moïse: Dono não quer ceder quiosque para família da vítima

Em 24 de janeiro, o jovem foi espancado até a morte em um quiosque, na Barra da Tijuca, RJ

Penélope Coelho Publicado em 08/02/2022, às 10h09 - Atualizado às 10h10

Nesta terça-feira, 8, foi divulgada a informação de que o dono de um dos quiosques que seria doado para a família do congolês Moïse Kabagambe, não quer ceder o estabelecimento.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), havia anunciado na última segunda-feira, 7, a intenção de ceder os quiosques para a família do jovem que foi espancado até a morte, no quiosque em que trabalhava, na Barra da Tijuca.

No entanto, reiterou que o quiosque ‘Biruta’ só poderia ser entregue após decisão da Justiça. As informações foram publicadas nesta terça-feira, 8, pelo UOL. Em entrevista ao portal, o dono do local, Celso Carnaval, de 81 anos, disse que não pretende ceder o estabelecimento.

A administração do espaço ainda é alvo de ação legal. Em julho de 2021, a concessionária responsável por administrar 309 quiosques, Orla Rio, entrou com um processo para reintegração de posse, entretanto, nenhuma decisão foi tomada até o momento.

"Não vou sair. Estive conversando com algumas pessoas, e a orientação que tive é deixar rolar. Estou naquele ponto desde 1978 e não vou abandoná-lo", afirmou Celso.

O caso Moïse

No último dia 24 de janeiro, o jovem congolês Moïse Kagabamge, de 24 anos, foi espancado até a morte depois de cobrar o pagamento de seu salário atrasado. Ele trabalhava no Quiosque Tropicália, que fica próximo ao Posto 8, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Conforme relatado pela equipe do site do Aventuras na História, três suspeitos de terem assassinado o congolês foram presos preventivamente sob acusação de homicídio duplamente qualificado — por morte por meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. 

Gravações de câmeras de segurança apontam que o fatal episódio durou cerca de 15 minutos. De acordo com relatos de sua mãe, Ivana Lay, o filho iria cobrar o valor de dois dias de trabalho que não lhe haviam sido pagos.

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