O país asiático é acusado de destinar grupos de uma etnia específica para campos de reeducação
Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 14/06/2021, às 10h52
A China manifestou repúdio ao G7 durante comunicado nesta segunda-feira, 14, apontando que a reunião organizou “manipulações políticas” ao criticar Pequim sobre ações relacionadas aos direitos humanos em Xinjiang e Hong Kong relacionadas a etnia uigur, cujo grupo afirma estar sendo alvo de ataques, como divulgou a Anistia Internacional.
"O G7 se aproveita das questões relacionadas com Xinjiang para fazer manipulações políticas e interferir nos assuntos internos da China, aos quais nos opomos com firmeza", afirmou o porta-voz da embaixada em um comunicado. Segundo o texto, o G7 é fonte de "mentiras, boatos e acusações sem fundamento", afirmou o comunicado chinês, republicado pelo portal UOL.
A resposta ocorreu logo após o fim da reunião dos líderes mundiais vinculados a cúpula, que ocorreu três dias na Inglaterra, onde os dados da Anistia foram analisados e debatidos pelos membros da organização, que criticaram perseguições às minorias e contra ativistas pró-democracia, em específico com os uigures.
Os grupos de defesa dos direitos humanos apontam que o governo chinês enviou mais de um milhão de membros dessa comunidade a campos de reeducação em Xinjiang, semelhantes a campos de concentração — a China nega, afirmando que tratam-se de centros de formação profissional para distanciar os uigur de atos terroristas e separatistas.
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