Um conflito entre os exércitos dos países deixou dezenas de mortos, explicitando um problema de divisa ainda não resolvido
André Nogueira Publicado em 23/06/2020, às 10h22
Após uma semana do conflito na fronteira que deixou dezenas de mortos entre chineses e indianos, os dois países concordaram em reduzir as tensões na divisa no Himalaia. O Ministro de Relações Exteriores, Zhao Lijian, teria conversado com comandantes militares dos dois lados e declarou oficialmente que "concordaram em tomar as medidas necessárias para promover o esfriamento da situação".
"A realização desta reunião mostra que os dois lados querem lidar com suas divergências, gerenciar a situação e diminuir a situação por meio de diálogo e consultas", disse Zhao em entrevista coletiva nesta terça-feira, 23. Os lados teriam trocado “opiniões francas e profundas”, chegando a um consenso em relação à busca pela manutenção da paz e da tranquilidade.
Do lado da Índia, a mídia confirma a busca por conciliação com os chineses, para o "consenso mútuo para desengatar” a tensão na fronteira. "As negociações de nível de comandante do corpo de funcionários entre Índia e China foram realizadas ontem em Moldo em uma atmosfera cordial, positiva e construtiva", afirma o comunicado oficial da imprensa.
"Houve um consenso mútuo para se retirar. Modalidades de retirada de todas as áreas de atrito no leste de Ladakh foram discutidas e serão levadas adiante por ambos os lados".
Segundo o veículo Press Trust India, a reunião foi centralizada entre o tenente-general indiano Harinder Singh e o major-general Liu Lin, comandante do Distrito Militar do Tibete. A conciliação foi uma proposta levantada durante reunião dos líderes nacionais da diplomacia de Índia, China e Rússia, em conferencia virtual.
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