Aranha-do-mar registrada em vídeo - Reprodução/Vídeo National Geographic
Ciência

Cientistas descobrem que aranhas-do-mar podem regenerar ânus

Novo estudo mostra que aranhas-do-mar jovens podem regenerar partes do corpo amputadas

Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 27/01/2023, às 16h58

Numa série de experimentos realizada com as aranhas-do-mar jovens da espécie Pycnogonum litorale os cientistas puderam observar uma capacidade que eles não sabiam que elas tinham: esses animais marinhos podem regenerar completamente partes amputadas do seu corpo inferior, incluindo os membros posteriores, parte das entranhas, os órgãos reprodutivos e os ânus. As informações são do site LiveScience.

As aranhas-do-mar são um grupo de mais ou menos 1300 artrópodes marinhos que têm oito pernas. Apesar da aparência semelhante, elas só têm um parentesco distante com as aranhas terrestres.

Outros artrópodes, como as aranhas, as centopeias e os caranguejos, também conseguem regenerar partes do corpo, ajudando-os a escapar de predadores depois de uma mordida. Por muito tempo, os cientistas pensaram que as aranhas-do-mar não podiam fazer isso porque o acontecimento nunca tinha sido observado e porque elas já tinham exoesqueletos duros, que seriam outra forma de defesa.

O estudo que corrigiu a hipótese equivocada

No estudo publicado em 23 de janeiro no periódico científico Evolution, os pesquisadores realizaram experimentos amputando partes do corpo de 23 aranhas-do-mar juvenis e 23 aranhas-do-mar adultas. Enquanto os adultos não conseguiram regenerar nenhuma das partes amputadas, a maioria dos jovens conseguiu.

A maioria dos adultos morreu por causa das amputações, apesar de alguns poucos terem conseguido sobreviver por mais dois anos com amputações menos severas. Enquanto isso, 16 das aranhas-do-mar jovens sobreviveram às amputações e 14 conseguiram regenerar suas partes perdidas por completo. Alguns espécimes que tiveram as 4 pernas de trás cortadas só conseguiram fazer 2 crescerem.

Os cientistas ainda não sabem exatamente como funciona o mecanismo de regeneração, mas apontam para células-tronco e células indiferenciadas como uma hipótese possível para um próximo estudo sobre o tópico.

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