Cinco pessoas que roubaram avião morrem após queda na Argentina

Após invadir um hangar na última quarta-feira, 18, cinco pessoas roubou uma aeronave Cessna 206, estimado em US$ 1,5 milhão de dólares (aproximadamente R$ 7,7 milhões). No entanto, o episódio teve um desfecho inesperado: as autoridades informaram que o grupo acabou derrubando a aeronave após decolar. 

Em entrevista à rádio local LT7, Sergio Ríos, delegado, falou sobre a gravidade do desastre, afinal, poderia ter afetado a cidade. 

"Se (o Cessna) caísse na cidade, seria uma tragédia", explicou ele. "Temos conversado com a Junta de Investigação de Acidentes de Aviação Civil (JIAAC) e trabalhamos para preservar o local da queda para a perícia, retirando apenas os corpos".

Os destroços do avião revelaram não só uma arma, mas também dinheiro e um gorro do time Cerro Porteño, conforme repercutido pelo UOL. Com isso, as autoridades envolvidas no caso fazem uma ligação entre os criminosos e o Paraguai. Todavia, ainda não foi feita a identificação dos cadáveres. 

Ao mesmo tempo, as autoridades envolvidas no resgate também se depararam com um telefone satelital, que possibilitava o contato com pessoas em terra durante o trajeto. A descoberta do telefone, inclusive, indica uma 'certa organização logística' dos ladrões. Também é necessário enfatizar que o grupo conseguiu driblar alarmes 'muitos sofisticados' para conseguir roubar a aeronave.

Teoria

O processo de identificação pode encontrar ainda mais obstáculos, pois, o avião foi tomado pelas chamadas com a queda. Sergio Ríos destacou que, embora não saibam os nomes, é possível garantir que 'não são de lá (Argentina)'. 

A AFP também relata que os policiais levantam a teoria de que os criminosos podem ter esquecido um passo importante: ativar o sistema de combustível do monomotor. 

"Explicaram-me que o avião tem um sistema de travamento que fica oculto, e quando decolaram se esqueceram de abrir essa 'válvula' e ficaram sem gasolina. Nem todos sabem onde fica essa passagem de combustível", explicou Sergio.