Fragmento de meteorito Canyon Diablo, que caiu na Terra há 50 mil anos - Foto por Dave Pape pelo Wikimedia Commons
Meteorito

Cristal é revelado em meteorito que atingiu a Terra há 50 mil anos

Cristais encontrados em meteorito eram compostos por diamante

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 26/07/2022, às 13h39

Há cerca de 50 mil anos, um meteorito caiu na Terra na região onde hoje se localiza o estado do Arizona, nos Estados Unidos, e acabou criando a famosa 'Cratera do Meteoro', como é apelidada hoje em dia.

Por sua vez, recentemente foram descobertas estruturas de cristais complexas dentro do meteorito, que foi chamado de Canyon Diablo na época em que foi encontrado.

A descoberta foi feita durante uma análise profunda da composição do detrito espacial e seus diamantes, feita por pesquisadores do Reino Unido, EUA, Hungria, Itália e França, após a realização de exames cristalográficos e espectroscópicos em lonsdaleíta — estrutura cristalina que se forma sobre pressão e temperatura extremamente altas — retirada do meteorito em 1891.

Fragmento de meteorito Canyon Diablo, que criou uma cratera enorme no Arizona, nos Estados Unidos / Foto por Basilicofresco pelo Wikimedia Commons

 

No entanto, o que sucedeu aos exames surpreendeu aos pesquisadores: no fragmento retirado, foram encontradas diáfitas, um tipo de cristal composto por diamante nanoestruturado e intercrescimentos raros que se assemelham ao grafeno, e crescem juntos, o que não é comum de se ver acontecer naturalmente.

Além disso, os cientistas ainda conseguiram identificar falhas de empilhamentos ou erros nas sequências de padrões dos átomos que constituem o material.

Isso ocorreu, por sua vez, graças a distância entre as camadas de grafeno, que é rara devido ao ambiente único dos átomos de carbono na interface entre o diamante e o grafeno, o que pode ser explicada dada a formação incomum do cristal.

Função da descoberta

Através do crescimento controlado da camada de estruturas, deve ser possível projetar materiais que sejam ultra-rígidos e também dúcteis, bem como propriedades eletrônicas ajustáveis ​​de um condutor para um isolante", explica o coautor do estudo Christoph Salzmann, da Universidade de Londres, da Inglaterra, em nota.

Além disso, as descobertas sobre as estruturas cristalinas raras podem auxiliar pesquisas sobre impactos de asteroides, já que podem ajudar na compreensão das condições de temperatura e pressão no momento do impacto, como informado pela Revista Galileu.


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