Espécies de 800 mil anos estão ajudando pesquisadores a desenvolverem uma árvore evolutiva para os seres humanos modernos
Isabela Barreiros Publicado em 10/05/2020, às 10h16
A degradação do DNA antigo é uma das maiores dificuldades para pesquisadores. Ela dificulta o desenvolvimento de uma árvore que demonstre o processo evolutivo da espécie. Por isso, existe uma enorme complicação em relacionar a primeira espécie de hominino conhecida na Europa a outras espécies de Homo.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Copenhague utilizou o esmalte dental de duas espécies humanas de 800 mil anos para tentar descobrir, a partir dessa nova técnica, a posição das espécies na árvore evolutiva do Homo.
Eles compararam as proteínas antigas obtidas no dente do H. antecessor de Atapuerca, encontrado na Espanha e do Homo erectus de Dmanisi, descoberto na Georgia, com seus equivalentes em outros homininos.
"A análise de proteínas fornece evidências de uma estreita relação entre o Homo antecessor, nós (Homo sapiens), neandertais e denisovanos. Nossos resultados apoiam a ideia de que o Homo antecessor era um grupo irmão do grupo que continha Homo sapiens, Neanderthals e Denisovans”, explica o principal autor do estudo, Frido Welker.
Segundo o co-autor da pesquisa, José María Bermúdez de Castro, “as características compartilhadas pelo antecessor Homo com esses homininos apareceram claramente muito mais cedo do que se pensava. O antecessor Homo seria, portanto, uma espécie básica da humanidade emergente formada pelos neandertais, denisovanos e humanos modernos”.
Pesquisadores recriam em 3D rosto de mulher neandertal de 75 mil anos atrás
Maldição por trás da abertura da tumba de Tutancâmon é desvendada
Pesquisadores relacionam descobertas na Cidade de Davi a evento bíblico
Mistério mesopotâmico de 2,7 mil anos pode ter sido desvendado
Arte original de capa do primeiro 'Harry Potter' será leiloada
Javier Milei, presidente da Argentina, clonou seus cachorros? Entenda!