Quadra de pelota - Wikimedia Commons
Civilizações

Descoberta de duas impressionantes quadras do Jogo da Morte maia revela informação inédita

Ao compararem as duas estruturas encontradas, cientistas da Universidade de Boston revelaram algo inacreditável sobre a origem desse esporte sangrento

André Nogueira Publicado em 16/03/2020, às 07h00 - Atualizado às 07h45

Duas quadras antigas do famoso jogo maia de Pelota foram encontradas em meio às montanhas do México, o que está forçando os pesquisadores a repensarem o que sabemos sobre a prática. No sítio de Etlatongo, Oaxaca (sul do país), foi encontrada o mais antigo desses campos feitos em pedra, de 1374 a.C.

Comparação entre as estruturas encontradas / Crédito: Boston University

 

Esse é o primeiro caso encontrado de ocupação esportiva não olmeca nas montanhas do local, o que prova uma chegada dos maias na região anterior à conhecida. Ao mesmo tempo, entre as estruturas, é possível ver mudanças ao longo tempo: há “a quadra mais velha tendo bancos longos [como uma arquibancada comprida] e a quadra mais nova a eliminar esses bancos e, em vez disso, tendo paredes íngremes adjacentes à aleia”, segundo afirma a o arqueólogo Jeffrey Blomster (Universidade George Washington) ao jornal Gizmodo.

Partes dos vestígios descobertos não passaram por análise devido à fragilidade dos objetos, que foram danificados com o tempo (como algumas bolas) ou no período pré-hispânico (uma das quadras foi queimada por um motivo ainda misterioso). No segundo caso, é curioso que não tenha havido a construção de mais estruturas do tipo após a destruição, em 1200 a.C.

Utensílios figurativos encontrados no local da descoberta / Crédito: Boston University

 

Porém, o mais revolucionário do achado é a revelação de que “algumas das primeiras vilas e cidades do planalto do México jogavam um jogo comparável à versão de maior prestígio do esporte conhecida como ullamalitzli”, como afirmou David Carballo, arqueólogo da Universidade de Boston, ao Science News. A modalidade encontrada teve seu auge na dominação asteca da Mesoamérica, quando o esporte tinha um cunho sacrificial.


+Saiba mais sobre o tema através de grandes obras:
 

1. A civilização Maia, de Paul Gendrop (1987) - https://amzn.to/2NNEUVg

2. O código maia: Aceleração do tempo e o despertar da mente mundial, de Barbara Hand Clow (2014) - https://amzn.to/38uDYwX

3. O colapso da civilização maia, de Luciana K. haotica (2011) - https://amzn.to/2RDpAfb

4. Horóscopo Maia: O Uso Correto dos Quadrados Mágicos, de Carlos Alberto do Nascimento - https://amzn.to/30KBqbj

5. O grande livro dos mistérios antigos, de Peter James e Nick Thorpe (2019) - https://amzn.to/2v6kMqS

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, assinantes Amazon Prime recebem os produtos com mais rapidez e frete grátis, e a revista Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

descoberta arqueologia Astecas jogo maias Pelota

Leia também

Meghan e Harry comemoram aniversário de príncipe Archie com festa íntima


Morre copiloto do histórico voo de volta ao mundo, Dick Rutan, aos 85 anos


Pesquisadores relacionam descobertas na Cidade de Davi a evento bíblico


Holocausto: Com a ajuda de IA, pesquisadores identificam vítimas do genocídio


Final incerto: Cena deletada de ‘Bebê Rena’ teria dado ‘encerramento’ para Teri


Grande necrópole da Idade do Ferro é descoberta na Itália