Céline Dion na estreia de seu documentário - Getty Images
Céline Dion

Documentário mostra a luta de Céline Dion, diagnosticada com síndrome rara: 'Poderia ter morrido'

No documentário 'Eu Sou: Céline Dion', a vida da cantora, que sofre de Síndrome de Pessoa Rígida, é revelado como nunca antes

Maria Paula Azevedo, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 26/06/2024, às 18h27

Quando Céline Dion descobriu que tinha Síndrome da Pessoa Rígida, poucos compreendiam o que ela enfrentava. Frequentemente, ela mesma optava por não revelar.

Em dezembro de 2022, Dion compartilhou publicamente seu diagnóstico e adiou apresentações. Em maio de 2023, ela oficialmente cancelou todos os compromissos futuros, mas assegurou seus fãs que “não desistiria”.

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Recentemente, ela compartilhou abertamente sua jornada no documentário “Eu Sou: Céline Dion”. Lançado no Prime Video na última terça-feira, 25, o longa revela as dores e dificuldades que seus fãs desconheciam, até então. 

Revelações

No início do filme, Céline adianta: “A doença não é visível”. Ao longo do documentário, a síndrome se manifesta sutilmente, refletindo-se em dificuldades de locomoção e problemas de equilíbrio.

Porém, nem sempre foi assim. Nos últimos anos, sua condição teve períodos de piora significativa, resultando em dificuldade para caminhar, perda de equilíbrio e dor intensa. Enquanto enfrentava as dores, a artista cumpria uma agenda artística. 

Meu instrumento, [a voz], não estava funcionando. Então começamos a elevar o medicamento. Eu tomava 80 a 90 miligramas de Valium (diazepam) por dia. Isso é apenas um medicamento. Não quero parecer dramática, mas poderia ter morrido", desabafou. 

No documentário, ela mais adaptada à sua condição, ao uso de medicamentos e à fisioterapia. O filme retrata a cantora em uma rotina mais tranquila, enquanto se esforça para se recuperar e retornar aos palcos.

Carreira

Um dos sintomas da síndrome da cantora é a rigidez muscular, o que afeta diretamente a artista, que trabalha com a voz. No documentário, ela revela que os sinais da condição já estavam presentes há algum tempo, com “espasmos vocais”, que começaram há 17 anos. Mas, à medida que sua voz passou a não responder como antes, ela ficou cada vez mais preocupada.

“Quando tento respirar, meus pulmões ficam bem. É o que está na frente dos meus pulmões que fica tão rígido, devido à síndrome”. Momentos depois, Céline tenta cantar na frente das câmeras, e começa a chorar: “É muito difícil para mim ouvir isso e mostrar isso a vocês. Não quero que as pessoas ouçam isso.”.

O documentário não apenas aborda os problemas físicos de Céline, mas também expõe o peso emocional e a crise de identidade que ela enfrenta. 

Emergências

No filme, também são retratados dois momentos graves. Logo no início do documentário, Céline se sente mal e é levada em uma maca, antecipando os desafios médicos que a cantora enfrentaria nos anos seguintes.

No entanto, o momento mais impactante ocorre no final. Em uma cena angustiante, Céline é mostrada durante uma sessão de fisioterapia, quando percebe espasmos em seu pé. Apesar dos esforços rápidos para socorrê-la, ela acaba sofrendo uma convulsão e agoniza.

Céline, então, inicia a sua recuperação após a aplicação de um spray nasal para relaxar os músculos. Segundo o médico, o cérebro da cantora estava “superestimulado”. Os espasmos musculares fazem parte da condição incurável que ela enfrenta. 

Fãs e futuro

Em 2023, Céline cancelou todos os shows restantes de sua turnê ‘Courage World Tour’ e posteriormente decidiu se isolar em casa.

Em seus depoimentos, ela também lembra de seus fãs e reforça seu compromisso com eles: “Eu sou uma macieira, e as pessoas fazem fila e eu lhes dou maçãs, as melhores, e eu dou brilho a elas. E todos saem com uma cesta de maçãs. Esses galhos estão começando a produzir um pouco menos de maçãs, mas ainda há tantas pessoas na fila que não quero que esperem se eu não tiver maçãs para elas.”

Apesar de enfrentar grandes dificuldades, o filme tem momentos de esperança. Céline é vista gravando dublagens, fazendo participações em filmes e até exercitando sua voz. Mostrando sua resiliência, a cantora afirma que não pretende desistir.

Ainda me vejo dançando e cantando. E sempre encontro o plano B e C. Sou eu. Se não posso correr, vou andar. Se não posso andar, vou rastejar. Mas não vou parar. Não vou parar", concluiu.
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