Indígenas protestando em Nova York - Divulgação / APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil)
Indígenas

Durante discurso de Bolsonaro da ONU, indígenas protestam em Nova York

Os indígenas marcharam até a frente do Consulado do Brasil na cidade

Isabelly de Lima, sob supervisão de Publicado em 20/09/2022, às 16h17

Nesta terça-feira, 20, enquanto Jair Bolsonaro fazia um discurso na Assembleia-Geral da ONU, um grupo de 7 lideranças da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), marcharam até o Consulado do Brasil em Nova York, localizado a alguns quarteirões da sede da ONU.

O protesto contou com pouco mais de 30 pessoas, envolvendo indígenas de outros países – que foram reunidos pela Aliança Global de Comunidades Tradicionais – e não indígenas, que fazem parte de ONGs e movimentos internacionais.

Durante a marcha, eles puxaram um coro, em inglês, que dizia "Bolsonaro, quanto você ganha para deixar nossas florestas queimarem?". Dentre as críticas estavam os assassinatos e conflitos em territórios indígenas, a explosão do desmatamento e das queimadas no país e o desmonte na Funai e outros órgãos ambientais.

Pedidos de esperança

Samela Sateré-Mawé, que compõe a comunicação da Apib disse que "Bolsonaro veio para mentir na ONU, para dizer que o Brasil está cuidando das suas florestas, então nós fomos até o consulado para desmenti-lo e denunciar o genocídio e a destruição ambiental que estamos vivendo".

Durante seu discurso de abertura na ONU, o presidente do Brasil mencionou brevemente os povos indígenas, afirmando que cuidar do meio ambiente é fundamental, mas que também é preciso “não esquecer das pessoas”, segundo a Folha de S. Paulo.

Ao longo da Semana do Clima de Nova York, que iniciou ontem, 19 e vai até domingo, 25, os movimentos indígenas reunidos pela Aliança Global de Comunidades Tradicionais devem realizar outros protestos.

O principal pedido deste grupo é a criação de um mecanismo de financiamento direto para os povos indígenas, para apoiar a conservação da biodiversidade nos seus territórios, sem intermédio de governos nacionais.

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