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Eleições

Em vídeo, coronel admite prevaricação ao não impedir protestos antidemocráticos

Cenas foram gravadas na rodovia PR-151, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, no Paraná

Fabio Previdelli Publicado em 03/11/2022, às 11h19

Apesar da vitória nas urnas de Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo, 30, diversos manifestantes bolsonaristas não aceitaram o resultado das eleições e fecharam rodovias por todo o país

Além de antidemocráticas, os protestos também pedem por “intervenção militar” e novas eleições. Com isso, o Tribunal Superior Eleitoral determinou o fim das manifestações e ordenou que as vias fossem desobstruídas. 

Entretanto, surgiu nas redes sociais o vídeo de um comandante da Polícia Militar do Paraná admitindo estar ‘prevaricando’ ao não cumprir a determinação e permitir com que os protestos em uma rodovia continuem de maneira parcial, relatou o UOL. 

Comandante da PM (Pr) diz estar "prevaricando" em negociação

“Nós temos bom senso, mas eu preciso que vocês tenham esse bom senso. Porque senão a gente vai fazer o que a lei está determinando. Na verdade a gente está prevaricando, já deveria ter feito.https://t.co/6SK6GenEum pic.twitter.com/VoU3DFbV9f

— joao carlos forsesse (@crisfor2010) November 3, 2022

A prevaricação diz respeito quando um funcionário deixa de agir conforme a lei para seguir interesses particulares. O artigo 319 do Código Penal descreve o crime como: "Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal".

Coronel se defende 

No vídeo que circula na internet, o coronel Hudson Leôncio Teixeira sugere que os bolsonaristas tenham “bom senso” e ocupem apenas uma faixa da rodovia PR-151, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. 

“É preciso que vocês também tenham bom senso senão a gente vai fazer o que a lei está determinando. Na verdade, a gente está prevaricando. Já deveria ter feito. Vamos começar a fazer multa para todo mundo, multa de trânsito e aquela multa de R$ 100 mil”, diz na gravação. 

Porém, em entrevista à rede RPC, o coronel se defendeu e disse que prevaricou “tentando garantir um bem maior”, optando por mediar o conflito num momento em que os ânimos estavam acirrados. 

"Eu consigo a qualquer momento se eu fizer uso da força. Só que eu tenho responsabilidade [...] Estou cumprindo a ordem que a justiça determina dentro de uma proporcionalidade, eu estou prevaricando no momento em que eu não faço o desbloqueio total da rodovia, que não consigo sem o uso da força, eu não consigo sem lesionar pessoas, eu não consigo fazer isso dessa forma”, disse. 

Diante dos ânimos que já estão muito acirrados nesses locais, levando em conta esse aspecto, eu estou prevaricando sim, mas eu estou tentando garantir um bem maior que é primeiro o direito de ir vir, e a segurança e a saúde das pessoas”, completou.
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