Forças Armadas norte-americanas revisitaram o episódio, buscando reparar o racismo cometido na época
Ingredi Brunato Publicado em 15/11/2023, às 08h31
Na última segunda-feira, 13, o Exército dos Estados Unidos reavaliou a maior execução em massa de militares de sua história, que ocorreu em 1917, desfazendo as condenações de 110 soldados negros que foram julgados na época.
Em um comunicado ao público, Christine Wormuth, funcionária do órgão norte-americano que esteve envolvida nas anulações dessas condenações, explicou melhor a decisão:
Esses soldados foram tratados injustamente por causa de sua raça e não tiveram julgamentos justos. Ao deixar de lado suas convicções e conceder dispensas honrosas, o Exército está reconhecendo erros do passado e esclarecendo as coisas", afirmou ela, conforme repercutido pela revista People.
Além dos mais de 100 condenados pela corte marcial, houve 19 militares negros que foram executados "em segredo e um dia após a sentença", ainda de acordo com as Forças Armadas do país, que também admitiu que "inúmeras regularidades" teriam sido cometidas neste processo.
A execução de 19 militares negros é um incidente notório que faz parte da longa história de injustiça racial na América no uso da pena de morte. Podemos traçar uma linha direta entre a escravidão, o linchamento e a segregação de Jim Crow até esse fato", apontou Ngozi Ndulue em entrevista à People.
O homem, vale destacar, é um conselheiro sobre condenações injustas de motivação racial, atuando no Innocence Project — uma ONG sem fins lucrativos que busca defender indivíduos inocentes condenados por crimes que não cometeram.
"Continua a ser de vital importância reconhecer os erros do passado para garantir que não os replicaremos no futuro", acrescentou Ndulue ainda.
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