Durante a análise de uma tábua em cuneiforme da Assíria, pesquisador encontrou uma incomum imagem, que revelava um ser com chifres e língua de lagarto, com um significado impactante. Confira a imagem!
André Nogueira Publicado em 24/12/2019, às 08h00
Ao analisar um tablete assírio de literatura médica de 2.700 anos, encontrado em Mosul, no Iraque, um pesquisador da Universidade de Copenhage se deparou com a figura de um demônio ligado à epilepsia. A descoberta é de grande relevância. Isso porque a retratação de demônios na argila era incomum na Mesopotâmia.
A descoberta foi creditada ao assiriólogo Troels Pank Arbøll, em estudo patrocinado pela Fundação Edubba. Elucidando nosso conhecimento sobre a saúde e a magia no mundo assírio, o desenho foi encontrado quase apagado num texto cuneiforme acadiano.
Ao investigar o desenho, o assiriólogo reparou que a imagem representava uma criatura com chifres, caudas e língua reptiliana. Com a leitura do texto, ele concluiu que se tratava da “causa da temida doença Bennu-epilepsia”, associada a uma das criaturas mitológicas.
Bennu era o nome em acadiano para as crises que hoje chamamos de epilepsia. Seus sintomas são descritos na placa. Existe uma literatura de encantamentos de exorcismo contra essas enfermidades: "os curandeiros eram responsáveis por expulsar essas forças sobrenaturais e os sintomas médicos causados por drogas, rituais ou encantamentos", afirma Arbøll para a agência Futurity.
"É a primeira vez que conseguimos conectar uma das raras ilustrações de demônios nos textos médicos com a epilepsia específica", afirmou a Universidade de Copenhage em comunicado prestigiando o feito de Arbøll.
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