Futura secretária da Mulher do governo de SP diz que feminismo 'mata mais do que guerras e doenças'

Escolhida pelo governador de SP, Tarcísio de Freitas, Sonaira Fernandes, próxima secretária de Políticas para a Mulher de São Paulo, causa polêmica nas redes sociais ao criticar temas como feminismo e aborto. 

No mesmo dia em que foi nomeada para o cargo, Sonaira disse que o 'o feminismo mata mais do que guerras e doenças', além de ser 'o grande genocida do nosso tempo'. As palavras da secretária foram repercutidas através de uma resposta para o jornalista Guga Noblat.

"O feminismo é o grande genocida do nosso tempo, essa ideologia imunda mata mais que guerras e doenças. Só uma pessoa cega para a verdade não enxerga isso", escreveu ela em um post não mais disponível.

Ataques ao feminismo

Em outro momento, ela também disse que o "feminismo é a sucursal do inferno. Quem se diz feminista e cristã está servindo ao Satanás e seus demônios". Também chegou a escrever que "o feminismo desconstrói a moral cristã com o intuito de destruir a sociedade ocidental. É o grande objetivo dos globalistas, esvaziar o ideal cristão e ocupá-lo com as ideias da Nova Era".

Com a repercussão dos Tweets, Sonaira chegou a ser comparada com Damares Alves, ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Bolsonaro, que também costumava defender pautas conservadoras através de ataques.

Em nota, Sonaira disse que trabalhará 'para todas as mulheres' e que espera que o fato de ser 'negra e nordestina' seja comemorado pelos movimentos sociais.

"Sou cristã e meus valores permanecem onde quer que eu esteja. No governo estadual seguiremos as diretrizes do governador Tarcísio de Freitas. O nosso trabalho será focado no atendimento de todas as mulheres e na busca de resultados. Espero, sinceramente, que a nomeação de uma mulher negra e nordestina seja um fato comemorado pelos movimentos sociais."