Torres de resfriamento da usina nuclear Electricite de França - Getty Images
Greenpeace

Greenpeace acusa governo francês de importar urânio da Rússia

Segundo a ONG, a França seria dependente da Rússia para importar urânio enriquecido

Giovanna Gomes Publicado em 11/03/2023, às 15h45

A indústria nuclear francesa está sendo denunciada pela ONG Greenpeace por depender da Rússia para importar urânio enriquecido, conforme investigação publicada neste sábado, 11.

Com o objetivo de se livrar da dependência energética sobre produtos e serviços russos desde o início da Guerra na Ucrânia, a França planeja aumentar a produção de energia nuclear, mas a continuidade do projeto ampliaria os laços de dependência do país, segundo a ONG.

A organização voltada à defesa do meio ambiente destacou que, em 2022, 43% do urânio natural importado na França veio do Cazaquistão e do Uzbequistão, passando pelas mãos da companhia estatal russa de energia nuclear Rosatom.

Segundo informações da agência de notícias RFI, o Greenpeace denuncia a continuidade do comércio nuclear com a Rússia e destaca que, em 2022, a França recebeu de Moscou um terço do urânio enriquecido necessário para operar usinas nucleares francesas durante um ano.

Diferentemente do que afirmam os defensores do nuclear, a dependência da indústria nuclear francesa das autoridades russas é imensa, o que poderia explicar porque a França se opõe ativamente às sanções contra a Rosatom em nível europeu", declarou a ONG.

França nega

Após a denúncia, o governo francês negou a acusação. Conforme apontou o Ministério de Transição Energética, a França "não obtém seu urânio natural ou preparação de combustível da Rússia, como erroneamente dá a entender o Greenpeace".

Quanto às sanções contra a Rússia, a posição francesa sobre este assunto continua a mesma: as sanções devem ter um impacto na economia do país visado. As sanções sobre a indústria nuclear teriam um impacto modesto sobre a Rússia", disse a fonte.
Por outro lado, a rescisão dos últimos contratos de reprocessamento de combustível restantes geraria indenizações mais vantajosas para a Rússia do que a sua continuação", finalizou a pasta.
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