O Ministério Público o acusa de ter participado de homicídios entre 1942 e 1945
Paola Orlovas, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 07/10/2021, às 10h33 - Atualizado às 15h21
Um centenário é julgado no tribunal estadual de Neuruppin, em Brandemburgo, nesta quinta-feira, 7, por sua participação no regime nazista como um guarda do campo de Sachsenhausen.
Ele é acusado pelo Ministério Público de ter participado, como cúmplice e de forma voluntária, na morte de 3.518 internos entre 1942 e 1945. Ele teria contribuído ao Holocausto ao trabalhar com a operação de câmaras de gás, criar condições de vida hostis dentro do campo, e auxiliar no fuzilamento de prisioneiros de guerra soviéticos.
O campo em que trabalhava como guarda, o Sachsenhausen, teve grande importância para os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial: confinando mais de 200 mil indivíduos, também funcionou como central administrativa, modelo para outros campos e centro de treinamento para a SS, a organização paramilitar nazista.
O réu só se tornaria conhecido após pesquisas dentro do Arquivo Militar Estatal de Moscou, onde são mantidos os fichários de saque do Exército Vermelho.
Após ser localizado, investigaram seu envolvimento com o regime, sua trajetória e seu tempo servindo em Sachsenhausen.
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