De acordo com os arqueólogos, a população tinha uma divisão bem definida na rotina de trabalho
Nicoli Raveli Publicado em 22/04/2020, às 17h21
Recentemente, diversos arqueólogos estudaram as impressões digitais em cerâmicas de Israel datadas de 4.700 anos atrás. Agora, eles alegaram que a população daquela época tinha como principal trabalho a produção de cerâmicas, principalmente na cidade de Gath, na vila de Tell ES-Safi.
Segundo o artigo de Kent D. Fowler, da Universidade de Manitoba, e Aren Maeir, da Universidade Bar-Ilan, até mesmo as crianças ajudavam na manufatura.
De acordo com os pesquisadores, os homens antigos eram encarregados do preparo de tigelas, enquanto as mulheres faziam jarros. Por mais que os objetos tenham cerca de 4.700 anos, a cidade foi construída próxima a Judéia, há mais de sete mil anos. No entanto, a cerâmica da Idade do Bronze ganhou vida quando o local havia se tornado um centro urbano da região.
“Essas são as impressões digitais de pessoas de 4.700 anos! Bem ali para ver. Para se conectar. É muito íntimo. Isso me assusta um pouco, mas eu supero isso e acho que teria sido bom conhecê-los”, alegou o professor Fowler.
O profissional também afirmou que a divisão do trabalho era um princípio fundamental nas sociedades humanas. Ainda de acordo com o estudo, a região da Mesopotâmia apresentou mais mulheres envolvidas na manufatura, mas esse fato mudou a partir da construção de instituições estatais.
“Na maioria dos casos, na antiguidade, quando as coisas se tornam centralizadas, as mulheres são marginalizadas", concluiu Maeir.
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