Fotografia do pequeno Henry na piscina - Divulgação/Leniel Borel
Crimes

Inquérito sobre assassinato de Henry Borel é concluído; mãe e padrasto são indiciados por tortura

Investigadores pedem para que prisão de Monique e Jairinho seja convertida de temporária para preventiva

Fabio Previdelli Publicado em 03/05/2021, às 17h15

A investigação que apura o assassinato do menino Henry Borel, que faria cinco anos hoje, 03, foi concluída pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Com isso, nas próximas horas, o inquérito será enviado para o Ministério Público do Rio (MP-RJ). 

Segundo informou o UOL, o vereador Dr. Jairinho e Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry, respectivamente, foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, como agravamento de tortura e recursos que dificultaram que o garoto se defendesse.  

Assim, os investigadores também pediram à Justiça para que a prisão da dupla seja convertida de temporária para preventiva. Os dois estão em cárcere desde o dia 8 de abril por suspeita de atrapalharem as investigações a ameaçarem testemunhas, conforme apontou o UOL. 

O inquérito também anexou mensagens recuperadas do celular do parlamentar. De acordo com carta escrita por Monique a seus familiares, Jairinho é um “homem ruim, doente, psicopata e esquizofrênico”. O trecho foi revelado por uma matéria do Fantástico.  

Além disso, segundo apuração do UOL sobre esse conteúdo, Medeiros alegou que Henry lhe alertou sobre o vereador e disse que só começou a enxergar o outro lado do companheiro depois que foi presa. “Eu acreditava no Jairinho, cegamente e não sei por quê. Meu filho dizia que ele era um homem mau. E eu não acreditei". 

"A defesa de Monique adotou esta linha de defesa, a nosso ver, bastante inconsistente, que não convenceu o próprio ex-companheiro [Leniel Borel, pai de Henry]. No curso do processo, cairá por terra mais esta versão defensiva", rebateu Braz Sant’Anna, que representa o parlamentar.  

Relembre o caso

No domingo de 7 de março de 2021,o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.

Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que, desconfiado, abriu um Boletim de Ocorrência.

O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.

O inquérito, no entanto, ainda não foi concluído e, dessa forma, nenhum suspeito foi acusado formalmente, mesmo que a polícia acredite que trate-se de um assassinato. Da mesma forma, falta esclarecer o que realmente aconteceu com Henry naquele dia.

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