Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostrou que a crise dos botijões mudou o hábito do consumidor final
Wallacy Ferrari, sob supervisão de Victória Gearini Publicado em 11/10/2021, às 09h19
Com o aumento notável do gás de cozinha e limitações de gastos em famílias mais pobres, um hábito histórico teve de ser retomado para controlar a crise nas cozinhas brasileiras; de acordo com pesquisa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) o uso de restos de madeira como fonte de energia aumentou 1,8% em 2020 frente a 2019.
Com o aumento, a lenha tornou-se a segunda fonte de energia mais usada nas cozinhas brasileiras, representando 26,1% de participação. O gás, em terceiro, hoje tem a participação estimada em 24,4% dos lares, ambos perdendo a liderança para a eletricidade. O gás esteve na frente da lenha até o ano de 2017.
Em âmbito de comparação, 80% dos lares brasileiros usavam lenha para aquecimento e cozinhar até 1970, sendo o líder nacional de fonte energética. Porém, a expansão da eletricidade e produção do gás liquefeito de petróleo (GLP) resultaram na transição para métodos mais modernos.
A diminuição do uso de tais métodos é classificada com lástima por Rodrigo Leão, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) à CNN Brasil.
"Com o avanço tecnológico, o carvão e, depois, o petróleo e o gás assumiram a dianteira como fonte de energia. O avanço da lenha no Brasil representa um retrocesso em 200 anos”.
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