Fotografia de integrante do Proud Boys protestando contra a prisão de membros após o motim do Capitólio - Getty Images
Estados Unidos

Líder de milícia de extrema-direita recebe pena de 17 anos por invadir o Capitólio

Joseph Biggs, um dos líderes do grupo de extrema-direita, Proud Boys, é sentenciado a 17 anos de prisão, após as invasões de 6 de janeiro de 2021

Redação Publicado em 31/08/2023, às 16h36

No dia 6 de janeiro de 2021, o mundo assistiu ao ataque que aconteceu no Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos. Agora, um dos líderes da associação de extrema-direita americana, Proud Boys, recebeu uma pena de 17 anos de prisão por seu envolvimento na invasão.

Joseph Biggs, militar que esteve nas guerras do Iraque e do Afeganistão, liderou 200 pessoas, que também fazem parte da milícia, para destruir o certificado de vitória eleitoral de Joe Biden, eleito em 2020 sobre o ex-presidente, Donald Trump, conhecido por incentivar os atos violentos.

Conforme repercutido pelo portal O Globo, o juiz Timothy J. Kelly foi o responsável por anunciar a sentença de Biggs, que recebeu uma pena menor do que a solicitada pelos promotores federais, de 33 anos de reclusão. O veterano foi condenado em maio de 2023, por acusações como obstrução do Congresso e conspiração sediciosa.

Segundo os jornais americanos, Biggs alegou que não fazia parte da liderança dos Proud Boys, que era apenas um dos seguidores “seduzidos” pelos ideais do grupo.

Eu sei que errei naquele dia, mas não sou um terrorista. Eu fui seduzido pela multidão e segui. Minha curiosidade levou a melhor sobre mim e terei que conviver com isso pelo resto da minha vida.”, afirmou Biggs em seu depoimento.

Acusações

A sentença de Joseph Biggs é a segunda mais longa para os casos da invasão do Capitólio. Superada apenas por Stewart Rhodes, idealizador da Oath Keepers, outra milícia de extrema-direita, que recebeu uma pena de 18 anos.

Até agosto deste ano, o Departamento de Justiça americano prendeu mais de 1.100 pessoas conectadas a invasão de 6 de janeiro e 600 já receberam sua sentença. O documento divulgado pela autoridade também esclarece que 42 réus foram incriminados por conspiração visando impedir a aplicação da lei durante uma desordem civil, ferir um oficial ou obstruir um processo do Congresso. Em alguns casos, o réu está respondendo por alguma combinação das três.

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