Ilustração da NASA do Phoenix Mars Lander em Marte - Getty Images
Astronomia

Mais forte terremoto já registrado em Marte é finalmente desvendado

O 'martemoto' mais forte registrado no planeta vermelho ocorreu em maio de 2022, durante seis horas

Redação Publicado em 19/10/2023, às 09h39

Pode ser que nunca tenha se passado pela cabeça de ninguém tal possibilidade, mas para a surpresa de muitos, outros planetas além da Terra também podem registrar terremotos. E em 4 de maio de 2022, ocorreu em Marte o que ainda é considerado o mais forte e longo 'martemoto', com magnitude de 4,7, que reverberou durante longas seis horas — e só agora, em 2023, ele foi explicado.

De acordo com o Live Science, desde que o módulo InSight da NASA — hoje aposentado — pousou na superfície de Marte em novembro de 2018, mais de 1.300 terremotos foram registrados no planeta vermelho, dos quais pelo menos oito ocorreram devido a impactos de asteróides. 

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Após as seis horas de tremores, os cientistas utilizaram o rover para buscar uma cratera e uma nuvem de poeira, a fim de tentar descobrir onde teria caído o meteoro, caso o tremor tivesse isso como justificativa. Equipes da Índia, China, Europa e Emirados Árabes Unidos também ajudaram nas buscas, mas os vestígios nunca foram encontrados — então, os pesquisadores concluíram: o terremoto possuía origem no próprio planeta.

Tectonismo marciano?

Os conhecimentos relacionados a tectonismo que se tem hoje em dia levam a sugerir que, ao contrário da Terra, Marte é um planeta muito pequeno e frio para que ocorram processos tectônicos como os daqui. No nosso planeta azul, as placas tectônicas — rochas maciças sob os oceanos — movem-se graças às forças do magma no manto, que provocam deslizamentos e os próprios terremotos, conforme explica o Live Science.

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Porém, em Marte, a superfície não é toda quebrada da mesma forma que na Terra, então se acredita que ele não abrigue placas tectônicas. Em vez disso, o tremor captado em 2022 foi provavelmente provocado pela liberação de estresse de bilhões de anos na crosta de Marte, que se acumulou com o constante resfriamento e encolhimento de partes do planeta vermelho, conforme descreve o novo estudo, publicado na última terça-feira, 17, na revista Geophysical Research Letters.

Ainda não entendemos completamente por que algumas partes do planeta parecem ter tensões mais elevadas do que outras, mas resultados como estes ajudam-nos a investigar mais a fundo", afirma Benjamin Fernando, pós-doutorando na Universidade de Oxford, no Reino Unido, em comunicado.

"Um dia, esta informação poderá ajudar-nos a compreender onde seria seguro para os humanos viver em Marte e onde seria melhor evitar!", conclui o pesquisador.

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