Joshua Malina publicou um artigo em que questiona o verdadeiro emprego da “cultura do cancelamento” no caso de Gibson
Isabela Barreiros Publicado em 07/12/2021, às 14h30
Mel Gibson foi acusado de antissemitismo pelo ator Joshua Malina, conhecido por seus papeis nas séries Scandal e The Big Bang Theory. Em uma coluna de opinião na revista The Atlantic, Malina escreveu sobre como Hollywood não leva em conta os posicionamentos anti-judeus de Gibson na hora de contratá-lo para produções.
"Gibson é um conhecido odiador de judeus (o termo antissemita é muito brando). Seus preconceitos estão bem documentados. Então, minha pergunta é: o que um cara precisa fazer hoje em dia para ser colocado na lista de exclusão de Hollywood?", declarou.
"Eu sou um ator de personagem. Tenho tendência a aceitar os trabalhos que surgem no meu caminho. Mas — e é doloroso escrever — você não poderia me pagar o suficiente para trabalhar com Mel Gibson," continuou.
No artigo, intitulado "Cancelem Mel Gibson", o ator diz que refletiu sobre o tratamento da indústria do cinema a Gibson após receber a notícia de que ele seria responsável pela direção do quinto filme da franquia Máquina Mortífera, com a morte do diretor original, Richard Donner, em julho deste ano.
Sobre isso, Malina comentou: "Agora, eu amo os filmes [da franquia] Máquina Mortífera (pelo menos os primeiros). E Danny Glover é uma joia. Mas Gibson? Sim, ele é um homem talentoso. Muitas pessoas horríveis produzem arte maravilhosa”.
"Coloque-me no chão como um grande fã de Roald Dahl, Pablo Picasso e Edith Wharton; não se cansa do que estão vendendo. Mas esses três tiveram o bom gosto de morrer. Isso torna muito mais fácil aproveitar sua produção. Gibson vive. E Tinseltown não precisa contratá-lo mais”, ponderou.
O ator de The Big Bang Theory, que é descendente de judeus, como lembra o UOL, discordou com a contratação de Gibson para o filme e fez um questionamento sobre como a “cultura do cancelamento” deveria agir nesse caso.
"Se Gibson for bem-vindo de volta para dirigir a última parcela desta amada franquia, pode ser hora de parar de publicar artigos sobre o poder da ‘cultura do cancelamento’. Porque se ele puder continuar a encontrar muito dinheiro e aprovação em Hollywood, a cultura do cancelamento simplesmente não existe," destacou.
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