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Cinema

Mike Smallcombe, biógrafo de Michael Jackson, encontra inconsistências nas denúncias retratadas no documentário “Leaving Neverland”

O documentário da HBO apresenta os relatos de Wade Robson e James Safechuck, que afirmam ter sido molestados pelo cantor na infância

Thiago Lincolins Publicado em 03/04/2019, às 11h04

Com o lançamento do documentário Leaving Neverland (2019), produzido e dirigido por Dan Reed, as polêmicas em torno de Michael Jackson voltaram à tona. O longa-metragem da HBO apresenta a história de Wade Robson e James Safechuck, que alegam ter sido abusados ​​sexualmente pelo cantor na infância.

A polêmica – que resultou em graves consequências para o rei do pop entre 2004 e 2005 – dividiu opiniões novamente. Enquanto algumas rádios promovem boicote às músicas do cantor, Mike Smallcombe, que escreveu a notória biografia Making Michael (2016), saiu em defesa do cantor.

Ao assistir o documentário, o biógrafo encontrou inconsistências nas denúncias das vítimas. Em entrevista ao Mirror Online, o autor levantou alguns pontos sobre a polêmica. De acordo com Mike, Wade Robson afirma que o abuso teria acontecido quando a sua família viajou para o Grand Canyon, e ele ficou sozinho com Jackson no rancho de Neverland. Entretanto, numa declaração feita sob juramento em 1993, a mãe de Robson relatou que o filho realizou a viagem junto com seus familiares.

Michael ao lado de Wade em 1987 / Reprodução

Mike Smallcombe também afirmou que parte das denúncias de James Safechuck são falsas. De acordo com a suposta vítima, ele teria sido molestado por Michel Jackson numa estação de trem de Neverland entre 1988 e 1992. No entanto, documentos oficiais comprovam que a estação de trem começou a ser construída no ano de 1993 e só foi finalizada em 1994.

“Essa é a inconsistência na história da Safechuck”, afirma Mike. “A construção da estação de trem de Neverland não começou até o final de 1993 e só foi aberta na primeira parte de 1994, quando a Safechuck tinha 16 anos.” James afirma ter sido molestado aos 14 anos de idade.

Pelo Twitter, Reed rebateu os comentários de Smallcombe. O diretor admitiu que James Safechuck errou as datas. “Sim, parece haver dúvidas em relação à data da construção da estação. A data que eles erraram é a do final do abuso”, afirmou Dan em sua conta. “Então você está dizendo que a história é mentira porque os abusos com o Safechuck terminaram quando ele tinha 16 ou 17 anos ao invés de 14. É uma diferença de três anos, isso não muda a história”, enfatizou.

Uma vez que o astro do pop foi inocentado das acusações de pedofilia em 2005, a família decidiu tomar medidas legais contra os responsáveis pela produção de Leaving Neverland.

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