Montagem de Fleury (à esq.) com foto do interior do Carandiru após a chacina (à dir.) - Divulgação / Alesp - Wikimedia Commons/ Prefeitura de São Paulo
Política

Morre Luiz Antônio Fleury Filho, governador que ordenou massacre do Carandiru

O político tinha 73 anos e trilhou uma carreira focada na segurança pública, sendo governador de São Paulo entre 1991 e 1994

Wallacy Ferrari Publicado em 15/11/2022, às 10h57

Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo entre os anos de 1991 e 1994, faleceu na manhã desta terça-feira, 14, aos 73 anos de idade, como revelou o MDB, partido que era filiado há décadas. No comunicado, divulgado nas redes sociais do partido, a causa da morte não foi informada.

"Lamentamos a morte de Luiz Antônio Fleury Filho, que foi governador de São Paulo entre 1991 e 1994. Foi deputado, promotor Justiça e professor. Filiado ao MDB-SP, ele era membro da Executiva Estadual. Nossas condolências a familiares e amigos", registrou a nota, assinada por Baleia Rossi, presidente do MDB.

De acordo com a TV Globo, o velório é previsto para ocorrer na Funerária Home, no bairro da Bela Vista, sem maiores informações se contará com presença de visitantes durante o último adeus. A emissora também não conseguiu confirmar se o corpo do ex-governador seria cremado ou sepultado.

Trajetória polêmica

Sendo Secretário Estadual de Segurança Pública durante a gestão de Orestes Quércia em São Paulo, Fleury se projetou no mais populoso estado do país para dar continuidade ao trabalho do colega, se elegendo em 1990 e, governando de 15 de março do ano seguinte até o primeiro dia de 1995, quando passou o cargo a Mario Covas, que realizou uma campanha justificando que os altos investimentos sociais do antecessor "quebraram o estado".

Contudo, marcou a história do país dar a ordem de invasão na Casa de Detenção de São Paulo, popularmente conhecida como Carandiru, durante uma rebelião em 2 de outubro de 1992. O resultado foi um massacre, partindo de forças policiais, que vitimou fatalmente 111 presos. Em sua defesa, o então governador justificou que, ao saber que existiam presos se matando internamente, não podia deixar a polícia "se omitir".

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