Peaches Stergo foi presa após golpe - Divulgação / Southern District of New York
Golpe

Mulher é presa após dar golpe milionário em sobrevivente do Holocausto

Homem de 87 anos foi enganado por mulher com quem namorava havia sete anos, chegando a perder o apartamento em que vivia

Giovanna Gomes Publicado em 27/01/2023, às 08h24

Uma mulher de 36 anos de idade foi presa nos EUA depois de dar um golpe eletrônico em um sobrevivente do Holocausto. Segundo as autoridades locais, Peaches Stergo, que vivia em Nova York, tentou roubar cerca de US$ 2,8 milhões (em torno de R$ 14,2 milhões, na cotação atual) que pertenciam à vítima, um idoso de 87 anos.

A prisão de Stergo se deu na última quarta-feira, 25. Ela é acusada de fingir um romance com a vítima a fim de enganá-la e roubar seu dinheiro.

O crime foi descoberto pelo filho do idoso depois que o homem contou-lhe que havia dado todas as suas economias à namorada. Endividado, ele chegou até mesmo a perder o apartamento em que vivia.

De acordo com o portal de notícias UOL, Peaches conheceu o homem há sete anos em um site de namoro, onde se apresentou como Alice. Ela teria se aproveitado da carência do idoso por uma parceira para assim manipulá-lo.

"Hoje alegamos que a ré atacou insensivelmente um cidadão idoso simplesmente em busca de companhia, defraudando-o de suas economias", disse o diretor assistente do FBI, Michael Driscoll.

Golpe de 7 anos

No ano de 2017, a mulher pediu à vítima US$ 25 mil emprestados para pagar seu advogado, uma vez que ela teria direito a receber fundos de liquidação. No entanto, o processo nunca existiu e o dinheiro foi depositado diretamente na conta de Peaches.

Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, Stergo passou os cinco anos seguintes mentindo para o idoso e pedindo depósito de dinheiro em suas contas bancárias, sempre prometendo, é claro, pagá-lo de volta. No fim, o homem acabou preenchendo um total de 62 cheques, tendo repassado à mulher mais de US$ 2,8 milhões.

"Depois que cada cheque era depositado, Peaches Stergo dizia ao idoso que seu banco precisava de mais dinheiro, caso contrário, as contas seriam congeladas e a vítima nunca seria reembolsada", explicou a Procuradoria do Distrito Sul de Nova York.

Funcionária de banco

De acordo com as autoridades, a suspeita chegou até mesmo a se passar por funcionária do banco. Ela enviou faturas falsas e criou uma conta de e-mail falsa a fim de garantir ao companheiro que ele seria reembolsado caso continuasse a depositar dinheiro em sua conta.

No início, Stergo teria usado o dinheiro da vítima para comprar itens de luxo como relógios Rolex, jóias, roupas de marca e até mesmo um barco. Mais tarde, ela comprou uma casa em condomínio fechado e carros de luxo, sustentando um estilo de vida extremamente caro, que contava com viagens e jantares em restaurantes famosos.

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