Conclusão foi feita segundo estudo de restos mortais de uma criança de dois anos de idade que morreu há cerca de 41 mil anos
Fabio Previdelli Publicado em 09/12/2020, às 15h00
Os restos mortais de um Neandertal de dois anos, que morreu há cerca de 41mil anos, foram colocados cuidadosamente em uma cova coberta com solo fresco. Isso foi o que conclui um estudo feito por pesquisadores franceses que foi publicado recentemente na revista Scientific Reports.
O esqueleto da criança foi desenterrado em 1973, em um abrigo de pedra na escavação de La Ferrassie, em Savignac-de-Miremont, Dordogne, sudoeste da França. Porém, os restos só foram reexaminados recentemente, quando os pesquisadores também visitaram o local da escavação original.
Com isso, a primeira evidência de um sepultamento de Neandertal na Europa, corroborou para a noção de que as práticas funerárias não são exclusivas de nossa espécie.
A excursão também permitiu que o paleoantropólogo Antoine Balzeau, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, e seus colegas, encontrassem 47 novos ossos pertencentes a La Ferrassie 8 — como foi apelidada a criança —, que não tinham sido identificados na época.
Eles determinaram que La Ferrassie 8 foi colocada em uma camada que foi titulada em uma direção diferente da dos sedimentos circundantes — de modo que a cabeça da criança ficou elevada. Eles também notaram que seus ossos foram encontrados em suas posições anatômicas.
Além disso, descobriu-se que os restos mortais da criança estavam mais bem preservados do que os ossos de bisões e outros herbívoros encontrados nas proximidades — o que sugere que o indivíduo tinha sido rapidamente, e deliberadamente, enterrado após sua morte.
Os pesquisadores também concluíram que a camada de sedimentos em que a criança foi enterrada, era mais ‘fresca’ do que os sedimentos circundantes — sugerindo que foram usados para encher uma sepultura onde La Ferrassie 8 foi colocada.
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