Imagem de uma das igrejas em chamas no Canadá - Divulgação/ Youtube
Canadá

No Canadá, cerca de oito igrejas são incendiadas por manifestantes

Os episódios fazem parte da onda de revoltas motivadas pela descoberta de centenas de túmulos em antigos internatos do país

Pamela Malva Publicado em 03/07/2021, às 14h00

Em uma onda de protestos movidos pela descoberta de centenas de túmulos não identificados em antigos internatos indígenas no Canadá, o país vem enfrentando diversos episódios de vandalismo. Até agora, oito igrejas já foram incendiadas pelos manifestantes, em atos criticados pelo primeiro-ministro Justin Trudeau.

Os dois mais recentes incêndios foram registrados na igreja de Morinville, que fica ao norte de Edmonton, em Alberta, e no templo San Kateri Tekakwitha, localizado perto de Halifax, na Nova Escócia, segundo informações das autoridades locais.

Em entrevista à AFP, o cabo Sheldon Robb, da Royal Canadian Mounted Police, afirmou que os incêndios estão sendo tratados como “eventos suspeitos”. Trudeau, por sua vez, afirmou que "a destruição de locais de oração não é algo aceitável e deve parar".

Durante entrevista coletiva, contudo, o primeiro-ministro declarou que os canadenses devem “trabalhar juntos para corrigir os erros do passado''. Afirmando que as recentes descobertas obrigam o país “a refletir sobre as injustiças históricas e contínuas que os povos indígenas enfrentam”, Trudeau pontuou que "todos têm um papel a cumprir".

Reação das autoridades

Na última quinta-feira, 01, o Dia Nacional do Canadá foi marcado pelos protestos, enquanto diversas cidades do país cancelaram as comemorações do feriado. Segundo o UOL, diversas igrejas de Calgary foram vandalizadas pelos manifestantes, enquanto duas estátuas, que representavam as rainhas Vitória e Elizabeth IIforam derrubadas.

Ainda em entrevista coletiva, o primeiro-ministro do país afirmou que "é inaceitável e errado que vejamos atos de vandalismo e incêndios provocados em todo o país, inclusive contra igrejas católicas". Ainda assim, Trudeau afirmou que entende "a raiva que existe contra o governo federal, contra instituições como a Igreja Católica".

Pensando na frustração dos manifestantes, todavia, o político afirmou que os atos são "totalmente compreensíveis dada a vergonhosa história", mas pontuou que os canadenses não devem cair na tentação do vandalismo, ainda de acordo com o UOL.

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