Itens encontrado em aldeia 'perdida' - Reprodução / Marisol Bautista Roquez / INAH
Arqueologia

No México, arqueólogos descobrem aldeia ‘perdida’ de 1.500 anos

Escavações revelaram estruturas arquitetônicas de assentamento, enterros humanos e objetos da época

Redação Publicado em 08/08/2023, às 17h43 - Atualizado às 18h08

Em uma notável descoberta, os vestígios esquecidos de uma aldeia Teotihuacan emergiram no centro da Cidade do México, revelando enterros humanos e uma rica tapeçaria de cerâmicas. O local, situado a aproximadamente 2,4 quilômetros a noroeste do centro histórico da metrópole, poderia datar de cerca de 450 a 650 d.C., levando a sugestões de que abrigou uma comunidade vibrante de artesãos e trabalhadores habilidosos.

"A descoberta foi surpreendente", disse Juan Carlos Campos-Varela , arqueólogo da Diretoria de Salvamento Arqueológico do Instituto Nacional de História e Antropologia do México (INAH), que co-liderou as escavações no local. “Isso mostra que, há 1.300 anos, as ilhotas dentro do lago Texcoco, no qual a Cidade do México foi fundada [depois que o lago foi drenado], já sustentavam uma população permanente que aproveitava os recursos do ambiente do lago”, disse ele para a Live Science através de um e-mail.

A possibilidade de que essa aldeia tenha emergido durante a "ruralização" de Teotihuacan, uma antiga metrópole que prosperou nas terras altas do centro do México entre 100 e 650 dC, foi levantada por Campos-Varela. A vila, localizada a cerca de 40 km a sudoeste de Teotihuacan, pode ter sido uma das diversas pequenas cidades que surgiram, sustentadas pela agricultura de subsistência e a pesca, enquanto a cidade principal atingia seu auge.

Novas descobertas

Estes assentamentos mantinham vínculos comerciais com Teotihuacan, e a nova descoberta traz à tona o papel fundamental que desempenharam na rede de abastecimento da metrópole, de acordo com a LiveScience.

Essa descoberta não é inteiramente nova, já que o arqueólogo Francisco González Rul encontrou os primeiros vestígios dessa aldeia nos anos 1960, durante obras na capital mexicana. Baseado nas cerâmicas desenterradas, González Rul, na época, aventurou a teoria de que os habitantes eram autossuficientes, pescadores e coletores.

As escavações atuais confirmaram essa suposição. Novas estruturas arquitetônicas, incluindo postes, pisos, canais e um poço artesiano, juntamente com achados de cerâmica, também vieram à tona. Três enterros humanos, contendo os esqueletos de dois adultos e uma criança, também foram encontrados.

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