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Notícias / Arqueologia

Canoa maia ritualística é encontrada em ‘portal do submundo’ no México

Dois anos após seu descobrimento, especialistas afirmam que canoa maia encontrada em cenote era utilizada em rituais

Redação Publicado em 04/07/2023, às 19h42

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Canoa maia encontrada em cenote - Divulgação/Instituto de Antropologia e História do México
Canoa maia encontrada em cenote - Divulgação/Instituto de Antropologia e História do México

O Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México em conjunto com outros laboratórios internacionais divulgaram que a canoa maia, encontrada no México, não tinha finalidade como uma ferramenta de deslocamento, e sim ritualística. Essa conclusão foi feita após ossos humanos e de animais serem encontrados nas suas proximidades, conforme repercutido pelo portal Galileu.

A embarcação estava inserida em um cenote, espécie de piscina natural de água doce, quando foi encontrada em 2021, após perfurações para uma construção ferroviária, próximo das ruínas de Chichén Itzá, antiga cidade maia. Medindo 2,15 metros de comprimento, 45 centímetros de largura e 36,5 centímetros de profundidade, a pequena embarcação foi encontrada quase que em perfeito estado, o que ajudou a análise dos cientistas.  

Novas descobertas

Em nota, o INAH informou que entre os 38 ossos encontrados junto da embarcação, foi possível identificar uma correspondência com animais como águia, tatu, cachorro, peru e até mesmo um osso de pé humano. A presença de um metatarso humano e a predominância dos restos de tatu foi o que levou os especialistas a especularem sobre a função ritualística da canoa maia.

“Os restos mortais do tatu, cuja habilidade de nadar permite prender a respiração e atravessar corpos d'água, seriam uma alusão à entrada no ‘submundo’. Na concepção maia, cenotes e cavernas inundadas ou semi-inundadas eram portais para esse espaço cosmogônico”, explicou a arqueóloga Alexandra Biar.

O papel ritualístico da embarcação também é sustentado pela sua propria estrutura, explicou Jesús Gallegos Flores, porta-voz do INAH, ao afirmar que a proa e a popa da canoa são muito pesadas, o que limitaria sua capacidade de navegar em águas mais turbulentas.