Imagem aérea de trens que liberaram material tóxico - Divulgação / Vídeo / NBC
Ohio

O acidente tóxico em Ohio que é comparado com Chernobyl

Após o vazamento de uma substância altamente tóxica, moradores da região estão com receio de retornarem as próprias casas

Wallacy Ferrari Publicado em 13/02/2023, às 20h05 - Atualizado em 15/02/2023, às 14h30

Em 3 de fevereiro, um trem que cruzava a divisa entre os estados norte-americanos de Ohio e Pensilvânia acabou se acidentando na ferrovia e descarrilando 150 vagões. O fato poderia ser rapidamente revertido ao recolher o veículo dos trilhos e realocar o trem.

O problema, entretanto, partiu de 20 destes vagões que acabaram se soltando; eles estavam carregados de galões de cloreto de vinila, estimado em quase 100 mil deles por alguns veículos estadunidenses.

Altamente inflamável, o material explodiu, espalhando fogo na região rural e levantando uma parede de fumaça preta por toda a composição atmosférica da área, obrigando uma rápida evacuação de 2 mil pessoas num raio de 1,6 quilômetros do acidente.

Nos EUA 🇺🇸 aconteceu um desastre como a de Chernobyl. Em Ohio, ocorreu o que pode ser um dos maiores desastres ecológicos da história dos Estados Unidos. Um trem descarrilou com 100.000 galões de cloreto de vinil, explodindo em uma enorme bola de chuva tóxica que envenenou tudo. pic.twitter.com/VjBLqhNwea

— Maycon Fernandes (@mayconjornalist) February 13, 2023

A nuvem tóxica causada pelo material tem poderes letais contra o organismo humano; o contato com o cloreto de vinila pode causar queimaduras graves e, em caso de inalação, sérios danos ao pulmão.

As autoridades norte-americanas ainda não conseguem divulgar se existem vítimas nas casas próximas, visto que concentraram, em uma grande operação supervisionada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, esforços para liberar o restante da substância e conter as chamas ao longo dos três dias seguintes ao acidente.

Comparado a Chernobyl

O assunto chamou ainda mais atenção no Brasil depois que o jornalista Camarada Hidalgo indagar a abordagem da imprensa norte-americana, associando a ausência de preocupação no tom de reportagens e coberturas locais com o fato do governo da União Soviética ter escondido os efeitos máximos do acidente nuclear da usina de Chernobyl, ocorrido em 1986.

Na ocasião, o reator nuclear de nº 4, localizado perto de Pripiat, no norte da Ucrânia, centralizou uma explosão de vapor após um teste de segurança que saiu do controle, com chamas que perduraram semanas, além da liberação massiva de materiais radioativos sendo liberados no ar naquele que seria o maior acidente nuclear da história, com efeitos espalhados por toda a Europa Ocidental.

Lembram de como a série Chernobyl fez parecer que o governo da URSS fez pouco caso com o acidente nuclear da usina? Bom, está acontecendo um desastre lá nos Estados Unidos que não está sendo coberto pela mídia, e estão falando que está "tudo bem". https://t.co/gGBF1Rdi5y

— Hidalgo está aceitando freelas (@CamaradaHidalgo) February 12, 2023

A publicação obteve mais de 40 mil curtidas desde que foi publicada, no último domingo, 12, nove dias depois do acidente ter ocorrido nos Estados Unidos. No entanto, como acrescentou o portal G1, os alertas noticiosos sobre os efeitos do material químico já reverberam de maneira alarmante na comunidade local.

A explosão não apenas obrigou milhares de pessoas a deixarem suas residências na divisa entre Ohio e Pensilvânia, mas, com o conhecimento do fato, temem ter perdido todos os bens materiais e que, ao retornarem, sofram com os efeitos da substância cancerígena.

Estados Unidos saúde chernobyl acidente química Radioativo

Leia também

Colônia de Roanoke: Arqueólogos lançam nova luz sobre a misteriosa história


Estudo revela que 'Geleira do Juízo Final’ está derretendo mais rápido do que previsto


Casal é inocentado na Turquia após ser preso por tráfico de drogas em SP


Elvis Presley: Bíblia do astro pode ser vendida por R$1 milhão em leilão


Homem tem solução criativa após ser obrigado a esconder barco na entrada de casa, veja!


Stalker de MG acreditava em relacionamento amoroso e visitava os mesmos locais de médico