Imagem do anel encontrado na Dinamarca - Reprodução/Museu Nacional da Dinamarca
Arqueologia

O anel de ouro raro descoberto por um detector de metais na Dinamarca

Segundo o Museu Nacional da Dinamarca, um anel encontrado no país pode ter pertencido a uma família principesca, até então, desconhecida

Redação Publicado em 21/02/2024, às 18h28

Um detector de metais fez uma descoberta fascinante para os amantes de arqueologia. Se trata de um raro anel de ouro encontrado em Emmerlev, no sudoeste da península dinamarquesa de Jutlândia, produzido entre 500 e 600 d.C.

O acessório feito de ouro de 22 quilates é adornado com uma pedra semipreciosa vermelha. A descoberta, feita por um homem chamado Lars Nielsen, ocorreu em 2020, e permaneceu em segredo até agora, para que os especialistas conseguissem analisar a região sem interferência externa, conforme repercutido pela revista Archaeology News. 

O anel assinala uma conexão entre a dinastia merovíngia francae o sudoeste da Jutlândia, pois, seu design é da mais alta qualidade do artesanato franco, reafirmando que seu usuário pertencia à elite da época. 

"A coisa única sobre o anel é a sua confecção, que mostra sinais claros da elite merovíngia, e a sua concepção com uma pedra semipreciosa vermelha, um símbolo de poder no nórdico. Esta ligação entre a área local e os merovíngios é apoiada pela descoberta de moedas de ouro e outros itens próximos, que apontam para a presença aristocrática da área e importantes conexões comerciais ao sul", explicou o Museu Nacional da Dinamarca através do perfil oficial no Instagram.

 

Centro de poder

Após a análise do anel, realizada pelo Museu Nacional da Dinamarca e do Museu Sønderjylland, especialistas acreditam que a sua descoberta é sinal da presença de uma família principesca com laços estreitos com os governantes merovíngios.

Kirstine Pommergaard, curadora do Museu Nacional, chegou a afirmar que o anel pertenceu, provavelmente, a uma nobre da época, como uma filha da realeza local, que se casou com um membro da dinastia merovíngia. 

O anel de ouro não só revela uma possível nova família principesca em Emmerlev, mas também liga a área a um dos maiores centros de poder da Europa na Idade do Ferro”, acrescentou a curadora do museu. 

Após uma investigação detalhada no local, foram encontrados quase mil artefatos antigos e medievais, que incluem moedas comerciais de ouro e prata, tecidos e cerâmicas.

Essa descoberta evidencia o intenso comércio internacional que aconteceu na região por séculos, além de sugerir que Emmerlev desempenhou um papel central na rede comercial do Mar de Wadden.

"Esta descoberta acrescenta uma dimensão importante à compreensão do significado histórico da Jutlândia Meridional e seu papel em contextos geopolíticos maiores. Testifica um tempo em que alianças e dons diplomáticos transferiam poder e influência muito além das fronteiras regionais", explica o museu na postagem.

Nielsen, responsável pela descoberta, se mostrou orgulhoso em contribuir para a história local e nacional com seu achado. Ele espera que as gerações futuras reconheçam o legado do anel e preservem seu significado histórico. Ele também encomendou uma réplica do anel para servir como herança familiar.

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