Imagem ilustrativa de raio-x de paciente com glioblastoma - Christaras A via Wikimedia Commons
Saúde

O que levou 94 ex-alunos da mesma escola a desenvolverem um raro tumor cerebral?

Casos foram registrado no estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos

Fabio Previdelli Publicado em 19/04/2022, às 12h10

Recentemente, o estado americano de Nova Jersey ganhou os noticiários locais por uma situação médica um tanto quanto incomum, afinal, descobriu-se que 94 pessoas que frequentaram o mesmo centro de ensino desenvolveram um raro tumor cerebral

O primeiro caso, até então, da doença foi identificado no final dos anos 1990, quando o cientista ambiental Al Lupiano, então com 27 anos, recebeu tal diagnóstico. Mas, a história começou a ganhar uma proporção maior no ano passado, quando a esposa e irmã de Lupiano, que estudaram na mesma escola que ele, a Colonia High School, também desenvolveram tumores no cérebro. 

A irmã do cientista ambiental acabou falecendo em fevereiro deste ano, aos 44 anos, e, desde então, Al passou a questionar o que levou os três a terem tal condição. Em busca de respostas, ele criou um grupo no Facebook para encontrar ex-alunos da instituição com o mesmo quadro clínico

Comecei a fazer algumas pesquisas e os três se tornaram cinco, os cinco se tornaram sete, os sete se tornaram 15”, disse em entrevista ao New York Post. 

Com o passar do tempo, Lupiano reuniu 94 ex-alunos e funcionários que também foram diagnosticados com o mesmo tipo de tumor cerebral. Embora ainda não se saiba o que levou o grupo a desenvolver tal doença, existe a possibilidade de que o episódio tenha relação com questões ambientais como, por exemplo, a radiação ionizante. 

“Não é água contaminada. Não é ar. Não é algo no solo”, afirmou o cientista.

Agora, órgãos ambientais estão estudando o que pode ter causado tal cenário, o que seria fundamental para entender o que afetou o grupo e como isso impactou o ambiente daquela região. 

Sobre a doença

O tumor diagnosticado no grupo é chamado de glioblastoma, que é registrado apenas em 3,21 pessoas em um grupo de 100.000, conforme aponta a Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos.

Atingindo o Sistema Nervoso Central, esse tipo de tumor maligno primário pode afetar não só o cérebro como também a medula espinhal, sendo considerado altamente invasivo — sendo responsável pela maioria das mortes entre os pacientes com tumores cerebrais primários.

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