As simulações feitas em novos estudos indicam que o impacto de um corpo planetário contra Plutão pode ter gerado região peculiar; entenda o caso!
Isabelly de Lima Publicado em 17/04/2024, às 12h02
Em 2015, as câmeras da missão New Horizons da NASA registraram uma característica em forma de "coração" na superfície de Plutão, deixando os cientistas intrigados devido à sua elevação e composição geológica. Na segunda-feira, 15, foi divulgado um estudo na revista Nature Astronomy que investiga a origem dessa formação peculiar.
O estudo, realizado por cientistas da Universidade de Berna, na Suíça, e da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, empregou simulações numéricas para explorar as origens do Sputnik Planitia, a região em forma de lágrima na parte ocidental do "coração" de Plutão.
Segundo o estudo, o início da história de Plutão foi marcado por um evento cataclísmico: uma colisão com um corpo planetário de aproximadamente 640 km de diâmetro.
A coautora do estudo, Adeene Denton, cientista planetária do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, destacou em comunicado que entender a formação do Sputnik Planitia oferece informações cruciais sobre os estágios iniciais da história de Plutão. Ela observa que ao considerar cenários de formação incomuns, novas possibilidades para a evolução de Plutão e outros objetos do Cinturão de Kuiper podem ser reveladas.
O "coração" de Plutão, também conhecido como Tombaugh Regio, é coberto por um material altamente reflexivo, que o torna mais brilhante em comparação com sua vizinhança.
Enquanto a maioria da superfície do planeta é composta de gelo de metano e seus derivados, cobrindo uma crosta de gelo de água, a área de Sputnik Planitia é principalmente formada por gelo de nitrogênio, também presente na parte oriental do "coração" de Plutão, como conta o autor principal do estudo, Harry Ballantyne, pesquisador associado em Berna.
A equipe de pesquisa realizou simulações computacionais de diferentes impactos, variando a composição do planeta, a velocidade e o ângulo do impactador. As simulações confirmaram um impacto oblíquo e permitiram determinar a composição do objeto que atingiu Plutão, segundo a Galileu.
O núcleo de Plutão é tão frio que as rochas permaneceram muito duras e não derreteram apesar do calor do impacto, e graças ao ângulo de impacto e à baixa velocidade, o núcleo do impactor não afundou no núcleo de Plutão, mas permaneceu intacto como um respingo no planeta", explica Ballantyne também no comunicado.
Adeene Denton já iniciou investigações sobre a velocidade dessa migração, sugerindo que a nova hipótese sobre a formação do "coração" de Plutão pode levar a descobertas adicionais sobre a origem do planeta.
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