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Notícias / Astronomia

Suposto novo planeta de nosso Sistema Solar pode ter sido encontrado por brasileiro

Em estudo publicado na revista The Astronomical Journal, astrônomo brasileiro e japonês apontam para a possibilidade de novo planeta

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 22/02/2024, às 11h04

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Simulação da órbita do suposto novo planeta - Divulgação/Patryk Sofia Lykawka
Simulação da órbita do suposto novo planeta - Divulgação/Patryk Sofia Lykawka

No segundo semestre do ano passado, dois astrônomos publicaram um estudo na revista The Astronomical Journal apontando a possibilidade a existência de um novo planeta em nosso Sistema Solar

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Segundo o brasileiro Patryk Sofia Lykawka (professor na Universidade Kindai, no Japão) e Takashi Ito (do Observatório Astronômico Nacional do Japão), este novo planeta estaria localizado em uma região chamada de Cinturão de Kuiper — situada pouco depois de Netuno. 

Prevemos a existência de um planeta similar à Terra e alguns outros objetos transnetúnicos (TNO na sigla em inglês) em órbitas peculiares nos limites do Sistema Solar", disseram os pesquisadores no trabalho. 

Cinturão de Kuiper

O Cinturão de Kuiper fica localizado depois de Netuno, em uma área a cerca de 30 unidades astronômicas (ou seja, aproximadamente 30 vezes a distância entre a Terra e o Sol: que é de 150 milhões de quilômetros ou 8 minutos-luz). A região é conhecida suas rochas geladas e planetas anões, como Plutão, que deixou de ser 'planeta' em 2006. 

Entretanto, no caso do recente achado, o provável novo planeta encontrado seria maior até mesmo que a Terra (algo em torno de 1,5 a três vezes maior). Em termos comparativos, Plutão tem apenas 18% de nosso tamanho. Mas, antes da confirmação, os pesquisadores ainda precisam encontrá-lo:

Baseados em extensas simulações do Sistema Solar externo, incluindo um hipotético planeta com massas semelhantes ao da Terra (testei também várias órbitas para o planeta), obtive resultados que poderiam explicar as propriedades orbitais das populações do Cinturão de Kuiper distante. Isso sugere um papel vital desempenhado pelo planeta na formação do Cinturão de Kuiper", disse Patryk, em entrevista à Unisinos (universidade de Porto Alegre onde ele se formou). 

Por fim, o brasileiro apontou que ainda fará novas simulações em busca de aprimorar seus resultados. "Assim, a massa e a órbita do planeta hipotético poderiam ser ainda mais refinadas".